quinta-feira, 14 de novembro de 2024

48ª EDIÇÃO DO CINANIMA NA BECRE D. CARLOS I

"O cinema de animação é um mundo de arte vasto, feito de múltiplas técnicas e capaz de abordar temas de referência do mundo atual. É também um ótimo instrumento de aprendizagem e reflexão e certamente contribuirá para melhorar a literacia fílmica das crianças e jovens."


No âmbito das atividades do Plano Nacional de Cinema, pelo décimo ano implementado pela Biblioteca Escolar D. CARLOS I, os nossos alunos puderam contar com duas semanas dedicadas ao cinema no mês de novembro. 

Deste modo, nas semanas de 8 a 22 de novembro, a Biblioteca Escolar D. Carlos I organizou 4 sessões para 150 alunos do 1.º Ciclo e 12 sessões para 262 alunos do 2.º e 3.º Ciclos no âmbito do projeto  "CINANIMA vai às Escola".

O projeto insere-se no CINANIMA, Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho, que celebra este ano a sua 48.ª Edição

O Cinanima é um dos Festivais de cinema de animação mais antigos e importantes do mundo! Este ano, o CINANIMA recebeu a concurso mais de 3000 filmes provenientes de 111 países


O projeto  "CINANIMA vai à Escola" ofereceu seis programas, dois para cada nível de ensino, cada um com um conjunto de cerca de uma dezena de filmes de curta-metragem selecionados pelo Serviço Educativo do CINANIMA.

E a boa notícia é que como o CINANIMA não se limita apenas à semana do Festival e se prolonga no resto do ano, voltaremos a ter a oportunidade de exibir mais uma vez cinema de animação.

A partir de 15 de janeiro até 30 de junho de 2024, através do site cinanima.pt, o CINANIMA disponibilizará os programas CINANIMA On Tour e o CINANIMA Júnior com filmes de animação para os diferentes níveis de ensino. 

O CINANIMA On Tour, para maiores de 14 anos, compreende uma hora de Premiados nas diferentes categorias, num total de oito curtas-metragens de animação. Assim, durante 5 meses, será possível ver uma seleção dos premiados da última edição do Festival, bem como três programas de cinema de animação para os mais novos.

Já o CINANIMA Júnior soma 35 curtas-metragens distribuídas por 3 programas que se destinam a todos os ciclos de ensino. Conta com curtas-metragens - também exibidas no Festival - de realizadores de cinema de animação oriundos de países tão diversos como a Índia, o Azerbaijão, Canadá, EUA, Brasil e Israel, e que contemplam ainda uma multiplicidade de curtas-metragens oriundas de países europeus.

Mal podemos esperar! 














quarta-feira, 6 de novembro de 2024

PROJETO NEWTON OU UMA HISTÓRIA DE MINHOCAS

 “Da biologia à física, da química à biologia ou à matemática, as leituras e as experiências vão-se entrelaçando e colhem de espanto alunos e professores, atraindo grupos-turma à biblioteca”.


Decorreram nos dias 30 de outubro e 6 de novembro de 2024mais duas sessões do projeto “Newton Gostava de Ler”. pano de fundo foi mais uma vez a biodiversidade da manta-morta e contou com a participação dos alunos do 5.º A e do 7.º G que vieram brincar aos naturalistas. 

A metodologia foi a já habitual neste projeto, partindo-se da leitura e exploração de um recurso literário, criam-se pontes para a realização de pequenas experiências científicas. 

E diga-se que não poderia haver recurso mais divertido do que a obra Há um cabelo na minha terra! - Uma História de Minhocas de Gary Larson. Apesar de aparentar ser um normal livro infantil, esta obra surpreende pelo humor negro e cáustico como descreve a nossa perspetiva romântica e idealizada do mundo natural e nos confronta com a realidade difícil e lúgubre dos seres vivos, inclusive os da raça humana. 

A história começa uns centímetros abaixo do chão, quando um filhote de minhoca, ao jantar, descobre que tem um cabelo no seu prato de terra. Fica bastante irritado, tal como nós humanos quando encontramos cabelos na nossa comida, e desata a lamentar-se pela sua existência miserável e sombria. Para acalmar a crise existencial do filho, o pai minhoca decide contar-lhe uma história inspiradora para as minhocas e outros invertebrados do planeta terra. 


A história, tão hilariante quanto sarcástica, conta a saga da feia mas bondosa Henriqueta, que graças ao seu desconhecimento do mundo natural e visão idílica dos animais e da Natureza, acaba por provocar terríveis catástrofes nas suas deambulações pela floresta.

Depois da narração desta verdadeira fábula dos tempos modernos do mestre do humor Gary Larson, foi tempo de os alunos assimilarem alguns conceitos teóricos, nomeadamente os principais grupos taxonómicos, aprendendo a distinguir entre anelídios, artrópodes e moluscos e quais os invertebrados que se incluem em cada um destes três grandes grupos. 


O terceiro momento deste encontro consistiu na divisão da turma em quatro grupos que se aventuraram na realização de uma atividade experimental para a qual foi necessário manta-morta, pinças e lupas.

A descoberta de uma enorme diversidade de invertebrados escondidos na terra húmida e escura, sobretudo rechonchudos e bem vivos anelídeos da classe das Aligoquetas e espécie Allolobophora caliginosa - as também comummente denominadas minhocas -, provocou alguns gritinhos de horror, bastante espanto e muita excitação geral.

Munidos de pinças e lupas e esgravatando na terra, os pequenos naturalistas observaram invertebrados e preencheram folhas de registo com as suas principais características morfológicas por forma a apurar os respetivos grupos taxonómicos. A tarefa concluiu-se com o desenho das espécies em análise.  

Por fim todos puderam observar as gordas minhocas na lupa biocular e espantar-se com a sua anatomia anelada.

Os alunos do 5.º A e do 7.º G foram naturalistas por um dia! 






segunda-feira, 4 de novembro de 2024

EXPOSIÇÃO "LES PAYS FRANCOPHONES ET LA BELGIQUE"

Da responsabilidade da Professora Luísa Gomes e no âmbito da disciplina de Francês, esteve patente na galeria Almada Negreiros ao longo do mês de outubro, uma exposição sobre a Bélgica realizada pelos alunos do 7.º D, 7.º E, 7.º F e 7.º G. 




















quinta-feira, 31 de outubro de 2024

ENCONTRO COM CATARINA PEDRO DA EDITORA THE POETS AND DRAGONS SOCIETY

Com mais de 10 anos de experiência como educadora, Catarina Pedro especializou-se em parentalidade, para dar apoio a famílias e cuidadores de crianças, mas foi na qualidade de contadora de histórias ao serviço da editora The Poets and Dragons Society que a também autora veio à Biblioteca escolar D. Carlos I para um encontro à volta de histórias de bruxas, lobos maus e outras personagens sinistras, ou não estivéssemos nós no mês que celebra tanto as crianças quanto as histórias assustadoras.

Vestida de bruxa e de chapéu de bico, a beleza e o sorriso da convidada denunciavam que se tratava de uma bruxinha benévola e divertida. Ainda assim, algumas crianças entraram a olhar de soslaio agarradas à perna das respetivas professoras. Mas mais do que o medo subjazia a vontade de serem assustadas. 

Qualquer mediador da leitura saberá que se for dado a escolher a um grupo de crianças entre uma história de amor com lindas princesas e boas fadas e contos tenebrosos capazes de arrepiar a pele, a escolha é impreterivelmente a segunda hipótese. E foi precisamente assim que começou esta roda de histórias recheadas de bruxas verrugosas, lobos afaimados e estranhos convidados, com as crianças a aumentarem os decibéis enquanto escolhiam "TERRROOORRR!!!" em vez de amor.

A pergunta que se impõe é saber até que ponto o horror na literatura pode ser benéfico para as crianças e por que é que as narrativas sinistras podem representar bons estímulos para os pequenos leitores. 

Catarina Pedro, com a sua enorme expressividade, demonstrou claramente que não devemos ter medo de assustar as crianças e esse é até um direito que lhes assiste. Evidentemente que as estratégias usadas com estes pequenos leitores são muito diferentes daquelas presentes nos livros de terror para jovens ou adultos. O objetivo não é o de provocar medo ou amedrontar mas sim conduzir a imaginação infantil para o riquíssimo território dos assombros ficcionais. 

As crianças experienciam o que se poderá designar de um medo seguro, o medo resultante de uma ameaça que, no fundo, sabemos não ser real. Ao ouvir estas histórias a criança não acredita realmente que é verdade o que está a ouvir e logo não se sente em perigo. Um filme de terror, por exemplo, pode ser convincente e explícito demais. Aí, sim, o medo pode tornar-se nocivo. Já a leitura de um livro pensado com cuidado para a criança, que cause apenas o frisson do horror por meio de uma linguagem específica, lúdica, pode ser uma experiência maravilhosa. 

Um dos grandes benefícios do contacto inicial com histórias assustadoras é precisamente o facto de as crianças aprenderem a conviver melhor com a emoção do medo. E conhecer os nossos medos significa conhecer uma parte fundamental de nós mesmos.

Além disso, a ficção de terror oferece a possibilidade de se abordarem temas complexos como o convívio com as diferenças e até mesmo a de trabalhar o tema da morte, já para não dizer que constitui um enorme estímulo à imaginação, fundamental em qualquer período da vida.

Os livros Bruxa, bruxa, vem à minha festa, Vem aí o lobo, Senão…!, A Estranha visita, Monstro e outros títulos editados pela The Poets and Dragons Society, foram excelentes exemplos desta premissa.

Recorrendo a uma leitura interativa em que as crianças intercalavam as falas das personagens com a própria contadora de histórias, e portanto num ambiente muito seguro, a pequenada deu gritinhos de prazer e quis ver de perto a grotesca riqueza de detalhes dos mostrengos e personagens estranhas ilustradas nos livros apresentados, num misto de assombro e encantamento. 

No final de cada uma das quatro sessões para todos os núcleos do 1.º Ciclo da EB D. Carlos I, as crianças pediram "Mais u-ma, só mais u-ma!" e quando o tempo não chegou para mais nenhuma história, correram para a Feira do Livro onde estavam muitos dos livros a que Catarina Pedro deu vida, querendo guardar em casa um pedaço deste pouco sinistro e muito divertido encontro. 






















Para conhecer alguns destes títulos pode entrar AQUI