"A leitura e a narração oral colocam enormes desafios para quem lê e quem conta, e estes desafios estimulam o desenvolvimento da imaginação, qualidade essencial para a dinâmica social, laboral e cultural de uma comunidade em crescimento.
A leitura é um bem e um direito, e ouvir e contar contos faz parte essencial da cultura humana. A leitura dá-nos olhares e ferramentas para uma melhor interpretação da realidade e ajuda-nos a ser mais analíticos e mais críticos.
A narração oral transforma o facto lido ou narrado num acontecimento significativo, lúdico e comunicativo de primeira ordem."
Rodolfo Castro
Ao fim de duas sessões a contar histórias num silêncio só pontuado pelo soltar das gargalhadas, Rodolfo Castro, comprovou as suas palavras e demonstrou que ler e contar histórias são de facto, a nossa maior hipótese de construção do conhecimento.
Apresentando-se como o pior contador de histórias do mundo, feito que tentou e não conseguiu, é difícil fugir à ideia de que Rodolfo Castro é sem dúvida o melhor contador de histórias do mundo, pelo menos do mundo que conhecemos, com a sua expressividade ímpar aliada a um trabalho corporal e vocal burilado pelas muitas e muitas histórias que tem contado ao longo dos anos.
Com uma plateia ao rubro Rodolfo Castro prometeu voltar. Assim, no dia 18 de dezembro e em jeito de prenda de Natal antecipada, serão os alunos dos Cursos EFA do Estabelecimento Prisional de Sintra os felizes contemplados com a presença desta figura que esperamos que nunca desapareça das nossas comunidades, a do contador de histórias, já que, como diz Rodolfo Castro, educar sem histórias é educar mal.