Mafalda Ferreira, aluna do 4.º ano, e Mariana Ferreira, aluna do 8.º ano da EB D. Carlos I, foram as grandes vencedoras do concurso de escrita criativa "O Mapa do Amor" lançado pela Biblioteca Escolar no âmbito das comemorações do Mês das Bibliotecas Escolares 2014.
Como prémios, a Mafalda Ferreira recebeu o livro André e o Segredo dos Labirintos de Manuela Gonzaga e a Mariana Ferreira recebeu Os Sonhadores de António Mota.
Como prémios, a Mafalda Ferreira recebeu o livro André e o Segredo dos Labirintos de Manuela Gonzaga e a Mariana Ferreira recebeu Os Sonhadores de António Mota.
Muitos Parabéns às duas e que nunca deixem de ler, de escrever e de sonhar!
Leiam aqui os seu magníficos textos:
O Mapa do Amor
Existe amor em todo o lado, ou pelo menos existia, mas às vezes ponho-me a pensar se haverá algum lugar sem amor. Infelizmente há, e é sobre isso que eu vos vou falar.
Era uma vez um menino chamado Gonçalo, ele era um rapaz muito sonhador, e vão perceber isso ao longo da história:
- Mãe, vou à procura do amor!
- Do amor! Mas querido, tu não sabes que o amor foi proibido no ano em que tu nasceste?
- Sim, sei, mas tem de haver algum lugar que tenha amor. Ou não gostavas que a tua vida tivesse amor?
Estas foram as últimas palavras que Gonçalo disse antes de partir para um lugar que não sabia ao certo onde era, ou se existia.
Algum tempo depois:
- Agora dava jeito um género de… um género de…de um mapa do amor, ou coisa parecida.
Estava uma multidão de gente na rua, mas como não existia amor, ninguém falava, acenava ou até olhava para os outros. Ninguém se conhecia:
- Mas como é que eu vou encontrar alguém com amor no meio desta gente toda?- perguntava Gonçalo a si mesmo.
De repente, alguém apressado chocou contra ele, e Gonçalo caiu aos pés de um senhor, já com uns sessenta anos:
- Peço desculpa. Estás bem? -sussurrou o homem com vergonha de não conseguir deixar de ter amor.
- Mas por que é que o senhor falou comigo? Não é a minha mãe, nem o meu pai!
- Eu sei, mas fala baixo rapazinho, ainda nos ouvem!
- Gonçalo, chamo-me Gonçalo - disse levantando-se - E gostava de saber se o senhor ainda viveu quando existia amor! Então, viveu?
- Sim, vivi, mas não me lembro de nada. Só sei que ao acordar e saber que não posso mostrar a cara, não tenho quem me apoie e não posso falar com ninguém, sem discutir. É horrível!
Gonçalo olhou para o homem com muita pena, e disse:
- Eu sei que não é o local nem a altura certa para falar sobre isto, mas eu gostaria de saber, se ainda se lembrar, é claro, do local onde ainda haja amor, lembra-se?
- Lembro-me, ou melhor, a minha mulher lembra-se.- Disse o homem- Irene, vem cá por favor. Está aqui um rapazito que quer falar contigo.
A senhora veio a correr, e disse:
- O queres de mim, querido…
- Gonçalo. Sou o Gonçalo.
- Então, Gonçalo, não é? O que queres de mim?
- Eu quero…
- O rapazito diz que quer encontrar o amor. É impossível, não é?- interrompeu o homem.
- Claro que não é! Estás louco Jacinto?- disse a mulher- vem querido, ai desculpa. Vem Gonçalo, Segue-me. – Sussurrou a D. Irene- Entra aqui. Vá, depressa!
- Estou a ir D. Irene, estou a ir!
- É aqui. E já agora, trata-me por “tu”, está bem?
De seguida, entraram os três numa gruta estranha, mas com um ar acolhedor.
E algum tempo depois, à espera que a D. Irene encontrasse alguma coisa:
- Rapazinho, podes sair por um momento se faz favor?- pediu Jacinto.
- Sim, claro.
Logo depois de Gonçalo sair, o Sr. Jacinto foi verificar se o “rapazito Gonçalo” não estava a ouvir nada:
- Tu não tinhas dito alguma coisa acerca do escolhido?
- Sim, era tal e qual o “rapazito querido Gonçalo”. Tem olhos castanhos cor de mel, tem o cabelo claro e despenteado, é moreno e baixo, tem a boca pequena e tem uma marca de nascença em forma de um… Espera ai, não sabemos se ele tem a marca de nascença do escolhido.- Disse D. Irene chamando o “rapazito querido Gonçalo”
- Chamaram- me?
- Sim, sim, vem cá. Podes levantar a manga da tua camisola para eu ver o teu braço?
- Sim.- Disse, levantando a manga- Mas para quê?
- Espera um bocadinho. Só vou ali falar com o Jacinto, já venho.
- Ele levantou os braços e eu consegui ver a marca. E é igual á do escolhido. Em forma de um coração riscado.
Já farto de estar á espera, o Gonçalo perguntou de novo:
- Encontraram alguma coisa que eu possa usar para encontrar o amor, afinal, foi por isso que me trouxeram aqui. Não foi?
- Sim, foi. Mas rapazi… queri… Gonçalo, nós temos de ter a certeza se tu és a pessoa a quem nós temos de dar o “Mapa do Amor”. Temos de ter a certeza que sabemos que tu és o escolhido. E és, portanto… aqui tens o mapa. Só te vou dar uma ajudinha. Imagina que em vez de ser um mapa com cidades, é um coração com sentimentos. Agora vai, encontra o amor!- disse Jacinto piscando-lhe o olho.
Gonçalo seguiu o seu caminho à procura do lugar que sempre sonhara encontrar.
Ao seguir o percurso indicado no mapa passou por várias terras, aldeias e vilas:
Por Albergaria, ou como se pode ler com o coração, a vila da alegria. Por Valhascos, a aldeia dos abraços. Por Marvão, a terra da emoção. E também por Piedade, a terra da amizade. Entre muitas outras.
No meio de tantos magníficos lugares, Gonçalo ainda conseguiu trazer uma recordação de cada local. Apesar de bastar guardá-las no coração.
- Segundo o mapa, já estou quase a chegar. Mas estas casas parecem-me familiares. E eu conheço esta rua. Não posso querer!
Aquela ali é a minha casa.- Disse Gonçalo, aproximando-se -O que é isto? Mas porque é que puseram este baú aqui à porta.
Gonçalo, nem pensou duas vezes e abriu-o.
Mal o abriu…começou a aparecer um pozinho no ar. Um género de pó de fada. Ou seja, pó mágico!
Esse tal pó espalhou-se por todo o lado tornando esse local com amor.
E assim, Gonçalo descobriu que às vezes temos de ver as coisas com outros olhos. Pois, Gonçalo, descobriu que se tinha esforçado para encontrar o amor, quando afinal ele tinha estado sempre ali. Mas não à sua vista.
Mafalda Ferreira 4ºA
As pessoas demonstram o seu afeto umas pelas outras de
diferentes maneiras. Há quem expresse o seu amor através de poemas, cartas ou
mesmo canções.
Há quem não tenha muita sorte no amor, como nos amores
proibidos. Os amores proibidos acontecem quando duas pessoas se amam de verdade
mas não podem estar juntas. Um exemplo de amor proibido é o de “Romeu e
Julieta” porque as suas famílias eram rivais. E às vezes é por os pais de ambas
as famílias não se darem uns com os outros que a esperança começa a
desaparecer.
Os amigos são uma das nossas melhores ajudas, logo a seguir
à família,claro. A amizade é importantíssima, uma das melhores coisas que se
pode ter. Ela é um dos tipos de amor
mais puros que existe. É aquele que permanece quando todos os outros tipos de
amor desaparecem. Quando alguém não tem com quem desabafar, os amigos são um
bom ombro amigo. A paixão, isso sim é o verdadeiro amor. Isso sim é intenso, é íntimo.
Mas o mais importante é amarmo-nos a nós mesmos, gostarmos de nós tal
como somos. Se nos amarmos não nos vamos deixar influenciar
por coisas que não queremos. O Amor é bom demais! Não importa se é amor de mãe,
de pai, de namorado ou de amigo. O que importa é que o amor é um sentimento de todos, e está por todo o
lado!
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