quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Alunos da D. Carlos I apresentam peça teatral no Centro Cultural Olga Cadaval.

Guy Fawkes Day foi a festividade escolhida este ano pelo Subdepartamento de Inglês em detrimento do já habitual comemoração do Halloween

A atividade dirigiu-se aos sextos e nonos anos e teve como objetivo divulgar a cultura e as festividades Anglo-saxónicas e incrementar o gosto pela aprendizagem da Língua Inglesa, através de um instrumento didático que se assume nos dias de hoje como uma nova forma de comunicação no campo educativo: o teatro na escola.

Para além da divulgação do episódio marcante da história de Inglaterra, a celebração consistiu na encenação da peça “A Conspiração, a Pólvora e o Ardil”, da autoria da Professora Bibliotecária do Agrupamento D. Carlos I no dia 5 de novembro de 2015 pelos alunos do 9.º E, e na realização de uma exposição intitulada "A penny for the Guy!" que estará patente na galeria Almada Negreiros da EB D. Carlos I  até ao final do mês de dezembro.

O espetáculo culminou com a apresentação do Hino Oficial da EB D. Carlos I pelos alunos do 6.º E e com orquestração do Professor Victor Santos.

Na mesma ocasião foi ainda chamado ao palco o vencedor do Concurso "O Hino da Minha Escola" - http://becredcarlosi.blogspot.pt/2014/10/participa-no-concurso-o-hino-da-minha.html-,
o Encarregado de Educação Paulo Lawson, onde teve oportunidade de escutar mais de duzentos alunos da escola - que também um dia frequentou - entoar o hino da sua criação.

EE Paulo Lawson e o Professor Victor Santos

A Sr.ª Diretora, Dr.ª Joana de Oliveira, felicita
 Alunos e Professores pelo trabalho realizado
Depois deste momento tão emocionante, uma coisa é certa, dificilmente os que estiveram nesta atividade dificilmente poderão esquecer as famosas linhas: "Lembrai, lembrai o 5 de Novembro! A conspiração, a pólvora e a traição!" 


Deste modo e numa semana em que se relembraram os defuntos, a E.B. D. Carlos I ressuscitou o terrível e sanguinário Guy Fawkes, através da recriação do momento em que um grupo de conspiradores tentou explodir com o Parlamento Inglês e matar o rei Jaime I. O executante desse ato hediondo foi precisamente Guy Fawkes, um soldado Inglês. 

O impiedoso Sir Robert Catesby e o grupo de conspiradores:

A peça foi levada à cena pelos alunos do 9.º E no Centro Cultural Olga Cadaval que gentilmente disponibilizou o espaço e colaborou no apoio técnico a custo zero, e a quem desde já enviamos o nosso muito obrigado.



A carta para Lord Monteagle que iria denunciar a tentativa de regicídio: 



Teatro na escola. Porquê? 


Tomando em consideração que o teatro engloba as demais artes, sendo por isso a mais completa forma de expressão, o mesmo cria as condições necessárias para a maturação psicológica dos alunos e constitui-se indubitavelmente como um elemento fulcral na formação integral dos mesmos, nas vertentes intelectual, ética, moral, artística e social. O teatro é, antes de qualquer coisa, uma arte. Mas é uma arte que se associa à história do homem e à própria história da comunicação humana. Será pois sempre importante criar condições favoráveis ao desenvolvimento do pensamento lógico e da criatividade dos alunos e estimular a sua participação na representação de acontecimentos passados, já que a reflexão daí decorrente permite-lhes comparar e reformular os mesmos, assegurando-se deste modo a continuidade do processo cultural.

A educação e o teatro - em toda a sua multipliciadade e associado às diferentes expressões culturais tais como a literatura, a música ou a dança-, assumem-se, por conseguinte, como mecanismos primordiais de transmissão de cultura, e de ampliação de horizontes que podem levar os alunos a serem eles próprios agentes de transformação social. Quando bem utilizado, o teatro leva-nos a repensar a realidade e a querer por vezes alterar a ordem instituída.

O grupo de jovens atores do 9.º ano no camarim do CCOC
Provocar a reflexão - purificar, por meio de catarse, o espírito do homem- é e será sempre a primeira função do teatro. E este, com toda a sua magia, permite que os alunos analisem o mundo que os rodeia de forma crítica e reconheçam o seu papel enquanto cidadãos formados e condicionados pelo meio em que se inserem. Assim sendo, em termos mais filosóficos, o teatro também incomoda, ao obrigar-nos a pensar o mundo.Para além disso, a utilização de técnicas teatrais promove a integração e a cooperação do trabalho em grupo e o próprio jogo teatral contribui para o desenvolvimento do equilíbrio emocional, do pensamento crítico, do corpo e da mente e logo favorece a educação e o processo de ensino-aprendizagem. 

A função da escola não é apenas a de ensinar conteúdos mas também, enquanto agente de formação, viabilizar formas de acesso ao lazer, à cultura, às práticas desportivas, e assim contribuir para uma integração plena dos alunos na sociedade. Ao integrar o teatro no processo de ensino-aprendizagem, a escola promove a formação integral do aluno, despertando o gosto pela leitura, promovendo a socialização e, principalmente, melhorando a aprendizagem dos conteúdos propostos pela escola. Ao integrar o teatro no processo de ensino-aprendizagem, a escola contribui para o sucesso educativo ao desenvolver características como a espontaneidade, a aceitação de regras, a criatividade, o autoconhecimento, o sentido crítico, o raciocínio lógico, a intuição, o conhecimento do grupo e de si próprio e de elementos de cultura.

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