Em parceria com o projeto
“Crescer Saudável”, a Biblioteca Escolar D. Carlos I levou a cabo em todas as
salas do Jardim de Infância do Agrupamento variadas sessões de promoção da
leitura e da literacia para a saúde. Estas sessões, que tiveram portanto como
pano de fundo hábitos de manutenção de uma boa saúde e de um crescimento
saudável, decorreram nas seguintes datas: 15 de novembro – Salas 1 e 2 da EB1 de Lourel;
16 de novembro – Salas 2 e 3 do JI da Várzea; 21 de novembro – Salas 1 e 2 do JI
da EB1 D. Carlos I; 29 de novembro – Salas 1 e 2 do JI do Ral; 6 de dezembro – JI de
Morelinho; 7 dezembro – Sala 1 da EB1 da Várzea.
Guardando em mente o
Programa Nacional de Saúde Escolar (PNSE/2015), instrumento orientador das
políticas nacionais no que à promoção da saúde em meio escolar diz respeito, e
o apelo que faz para uma congregação de esforços de todos os profissionais e
serviços envolvidos na sua implementação, no sentido de uma melhoria da saúde
em Portugal, a Biblioteca Escolar D. Carlos I aliou-se a esta causa promovendo,
em contexto de biblioteca, a adoção de estilos de vida mais saudáveis e a
melhoria do nível de literacia para a saúde da comunidade educativa. A
literacia para a saúde traduz-se num conjunto de competências cognitivas e
sociais que determinam a motivação e a capacidade dos indivíduos para
compreender e utilizar a informação de forma a promover e a manter uma boa
saúde, estendendo-se o seu alcance à cura e prevenção da doença.
Este projeto assenta ainda
na ideia de que todas as crianças têm direito à saúde e à educação e, por
conseguinte, deverão ter a oportunidade de frequentar uma escola que promova a
saúde e o bem-estar. Para além da promoção de estilos de vidas saudáveis, o
mesmo procura contribuir para a melhoria da qualidade no ambiente escolar, para
a minimização dos riscos de saúde e para a redução do impacto dos problemas de
saúde em meio escolar.
As sessões desenvolvidas, e a
desenvolver ao longo do ano lectivo de 2016/17 pela Biblioteca Escolar, seguem
de perto o primeiro eixo estratégico que estrutura o PNSE, o da “Capacitação”
que prevê áreas de intervenção tais como a saúde mental e competências
socioemocionais, hábitos de sono e repouso, educação para os afetos e a
sexualidade, higiene corporal e saúde oral, educação postural, prevenção de
substâncias psicoativas, e até comportamentos aditivos sem substância.
Capacitar é muito mais
do que ter informação de saúde e compreendê-la. É estar habilitado a usá-la e
sentir-se competente para tomar decisões. Capacitar as crianças a partir dos três
anos de idade é fundamental, primeiro porque os comportamentos e as crenças
estabelecidas no início da vida tendem a persistir na vida adulta, e depois
porque o ser capaz de tomar decisões torna-as mais habilitadas para o
desempenho dos seus papéis sociais.
A partir da exploração do livro “José
vai ao médico” de Maria Inês de Almeida, os alunos do Jardim-de-Infância tiveram
a oportunidade de conhecer instrumentos médicos e identificar comportamentos indicadores
de uma higiene de vida saudável. Também, como atividades de pós-leitura os
alunos realizaram jogos para o desenvolvimento das capacidades literácitas e de
consciencialização fonológica.
Na parte final da atividade os
alunos contactaram diretamente com um dos objetos médicos estudados e
divertiram-se a auscultar o batimento cardíaco dos colegas.
Ao longo do segundo e terceiros
períodos a Biblioteca Escolar D. Carlos I voltará a estar com estes jovens
leitores para mais histórias que terão como objetivo o desenvolvimento de
competências socioemocionais. Ao reconhecerem as suas próprias emoções, as crianças,
mesmo as de tenra idade, tornam-se mais resilientes e aprendem a gerir de forma
mais responsável a tomada de decisões, sejam essas relacionadas com a sua saúde
ou com as suas relações interpessoais.
Sem dúvida que o projeto “Crescer
Saudável” ao incorporar o chamado “SEL”, Social and Emotional Learning, e
portanto ao promover as competências socioemocionais, alcançará a médio e longo
prazo, os tão almejados objetivos de influenciar as crianças e os jovens para o
sentido de pertença à escola, a diminuição de comportamentos de risco e o
sucesso pessoal e académico.
Sandra Maria Pratas e Sousa
Professora Bibliotecária do AE D. Carlos I
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