Pelo quinto ano
consecutivo, a Biblioteca Escolar D. Carlos I desenvolve atividades no âmbito
do Plano Nacional de Cinema. O Plano Nacional de Cinema (PNC) está previsto
como um plano de literacia para o cinema e de divulgação de obras
cinematográficas junto do público escolar e pretende formar públicos escolares,
despertando nos jovens o hábito de ver cinema, bem como valorizá-lo enquanto
arte junto das comunidades educativas.
De referir que o Plano Nacional
de Cinema é uma iniciativa conjunta da Presidência do Conselho de Ministros,
através do Gabinete do Secretário de Estado da Cultura, e do Ministério da
Educação e Ciência, pelo Gabinete do Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário,
e operacionalizado pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), pela
Cinemateca e pela Direção-Geral da Educação (DGE).
A BECRE D. Carlos I
associa-se assim às iniciativas de aplicação da "Nova Lei do Cinema" que preveem
a divulgação de obras cinematográficas de importância histórica, e em
particular das longas-metragens, curtas-metragens, documentários e filmes de
animação de produção nacional.
Assim sendo, e uma vez que a Biblioteca
Escolar D. Carlos I tem como missão a promoção das várias literacias: da leitura,
da informação e dos media e
acreditando que um programa para a literacia do cinema junto dos nossos alunos
ajudaria a consolidar essa missão, a mesma decidiu integrar as oficinas do
programa internacional "Cinema, Cem Anos de Juventude" como programa de reflexão
pedagógica.
O projeto CINEMA CENT ANS DE JEUNESSE /CINEMA CEM ANOS DE JUVENTUDE, onde no presente ano letivo participam 43 oficinas de 16 países, é coordenado pela CINÉMATÈQUE FRANÇAISE e tem como parceiro cultural em Portugal a Associação *Os Filhos de Lumière com a Cinemateca Portuguesa em Lisboa.
As oficinas que tiveram o seu início em setembro de 2019 e decorrerão até ao final de junho de 2020, são animadas por um profissional de cinema, neste caso a Cineasta Nathalie Mansoux, em colaboração com uma Equipa Pedagógica, Professoras Cristina Didelet e Sandra Pratas, e nela participam alunos do 9.º A e 9.º E.
Ao longo do primeiro semestre, e
de acordo com as *Regras do Jogo
que são dadas a todos os participantes, os alunos realizaram primeiramente
pequenos exercícios individuais. As Regras do Jogo são a base do que deverá ser
pensado e posto em prática com cineastas, professores e alunos ao longo do ano,
através de exercícios práticos, para que estes possam explorar e apropriar-se
da questão a ser trabalhada este ano e que trata “AS SENSAÇÔES NO CINEMA”.
Estes exercícios
culminarão no segundo semestre com a criação de um filme-ensaio coletivo, sempre
em relação com a *Questão de Cinema
do ano em curso, ou seja, as sensações.
De referir que a mesma é pensada e escolhida em cada ano em conjunto (pelos parceiros culturais dos 16 países e os coordenadores da Cinemateca Francesa) e a sua metodologia é trabalhada sob a coordenação pedagógica de Alain Bergala.
De referir que a mesma é pensada e escolhida em cada ano em conjunto (pelos parceiros culturais dos 16 países e os coordenadores da Cinemateca Francesa) e a sua metodologia é trabalhada sob a coordenação pedagógica de Alain Bergala.
Antes de se passar à
fase de realização deste *Filme-Ensaio
coletivo, foi imprescindível o visionamento de excertos de filmes associados à
realização dos exercícios, que ajudaram a precisar e a compreender a questão. E
obviamente que ao longo destas oficinas será prática regular o visionamento dos
excertos de filmes, a fim de estimular o questionamento e a criatividade dos
alunos participantes.
A apresentação dos filmes-ensaio
dos alunos terá lugar no verão de 2020 na Cinémathèque Française em Paris, e
contará com a presença dos professores, cineastas, parceiros culturais, mas
também de pequenas delegações de alunos oriundos dos 16 países envolvidos:
Alemanha, Argentina, Brasil, Bulgária, Chile, Colômbia, Espanha, França, Índia,
Itália, Japão, Lituânia, México, Portugal, Reino Unido (Inglaterra e Escócia), e
Uruguai.
De destacar as sessões de rodagem
em que os nossos jovens cineastas tiveram oportunidade de se dividir em equipas
técnicas e assumir o papel de realizadores de cinema e chamando a si a
responsabilidade de todas as decisões técnicas e artísticas. Estas rodagens
cumpriram o objetivo principal de
tornar possível uma verdadeira
experiência de cinema, levando os alunos a conseguir realizar um filme de que se sentem os autores.
Uma das directrizes deste programa é a de que os filmes realizados pelos alunos permaneçam próximos do seu universo de crianças e adolescentes, evitando-se por exemplo que as crianças façam papéis de adultos.
A meta é a de exprimir qualquer coisa de «verdadeiro» sobre os seus lugares e hábitos de vida.
Também, para guardar um registo das suas jornadas cinematográficas e ajudá-los a refletir sobre as suas abordagens, os alunos são convidados a exprimir-se de duas maneiras : ou através do Caderno de Cinéma, Cent Ans de Jeunesse, ou outro caderno, que pode ser utilizado na sala de aula ou em casa, caderno no qual eles podem lançar notas pessoais como se se tratasse de um diário, ou ainda através de entradas no blogue da Cinémathèque française disponível em http://blog.cinematheque.fr/100ans20192020/.
Um outro objetivo a perseguir
será o de que cada oficina se apresente, comunique e estabeleça um verdadeiro
intercâmbio com as outras 11 oficinas de Portugal bem como com as dos restantes
países ao longo de todo o ano.
Lembramos que este programa faz
parte das Academias do Conhecimento promovidas pela Fundação Calouste
Gulbenkian e também do projecto O Mundo À Nossa Volta, apoiado pelo Instituto
do Cinema e do Audiovisual e pelas Câmaras Municipais dos municípios envolvidos,
vários selos de indubitável qualidade cultural e didática.
Também sem dúvida que esta
participação assegurará uma experiência imorredoira para todos quantos nela
participaram!
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