A obra ‘Missão Impossível’ de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada e com ilustrações de Carlos Marques, foi editada pela Fundação Jorge Álvares com vista a ser distribuída pelas bibliotecas de todas as escolas do país, com vista a fomentar o contacto das camadas mais jovens com a história, a cultura e os costumes e tradições da China e nomeadamente Macau. De destacar o facto de para esta publicação a Casa-Museu ter autorizado a reprodução de fotografias de duas peças de porcelana da China do seu acervo.
A aventura, recheada de ação e mistério, começa numa biblioteca encantada em Freixo de Espada à Cinta e termina em Lisboa no Museu do Centro Científico e Cultural de Macau. De permeio há viagens no tempo conduzidas por carros de luz até à casa de Jorge Álvares em Patane, algures entre a Índia e a China, quando reinava em Portugal D. JOÃO III e na China o Imperador JIAJING, descendente da dinastia Ming.
E é precisamente em Patane, por meados de 1552, durante um jantar com figuras ilustres de Portugal e da China, que Jorge Álvares, intrépido navegador e primeiro cronista do Japão, decide oferecer aos seus convidados garrafas de porcelana azuis e brancas encomendadas na cidade chinesa de JIANGXI.
O objetivo desta missão, quase impossível, levada a cabo por Rodrigo, Matilde e Luís, é o de descobrir a garrafa que guardaria no interior durante séculos o misterioso “pó de fortuna” com um Ch’i lin pintado em tons de azul forte. Para desvendar o mistério e encontrar o tesouro, os três jovens necessitam de ultrapassar várias provas, do ar, da água e do fogo- e fazer recurso à sua capacidade de dedução e investigação.
O mais extraordinário da obra é misturar eximiamente factos reais e personagens históricas – Fernão Mendes Pinto, São Francisco Xavier e Diogo Pereira – com elementos esotéricos como triângulos de força ou seres lendários como o Ch’i lin. O Ch’i lin é um animal mítico chinês parecido com um dragão com pernas finas, nariz e olhos redondos, e uma haste a sair da testa, quase o equivalente ao unicórnio da cultura ocidental.
Um outro elemento de interesse é o facto de estas garrafas terem realmente existido e algumas até terem resistido ao tempo. Atualmente há nove destas garrafas espalhadas pelo mundo em museus e casas particulares.
Em Portugal encontram-se quatro garrafas — uma pertence a uma coleção particular e outras três encontram-se em museus, onde podem ser admiradas pelos visitantes: no Museu do Caramulo, no Museu da Fundação Carmona e Costa e a que ostenta a figura mítica que é o Ch’i lin pertence à Fundação Jorge Álvares e pode ser admirada no Museu do Centro Científico e Cultural de Macau, que fica na Rua da Junqueira, em Lisboa.
Como estratégia de exploração da obra e seguindo o exemplo das personagens principais da mesma, os membros do Clube de Leitura, incarnando o papel de perspicazes detetives, aceitaram desempenhar uma missão quase impossível: acertar em todos os desafios lançados por um puzzle interativo criado pela Professora Bibliotecária.
Se querem conhecer mais sobre a história de Portugal e as suas relações com o oriente, não deixem de ler mais uma maravilhosa aventura destas duas mestres da literatura infanto-juvenil. No fim, e depois de muito bem lida a obra, cliquem na imagem abaixo e vejam se conseguem vocês também solucionar todos os enigmas propostos.
E já sabem, de acordo com as palavras sábias do Ch’i lin, “As descobertas exigem esforço por parte do descobridor”.
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