“Da biologia à física, da química à biologia ou à matemática, as leituras e as experiências vão-se entrelaçando e colhem de espanto alunos e professores, atraindo grupos-turma à biblioteca”.
A Biblioteca Escolar D. Carlos I tem como princípio orientador a melhoria de formação dos seus utilizadores, trabalhando para isso no sentido de criar contextos aprendentes, que integrem diversos recursos e que contribuam para elevar os níveis de literacia. Assim sendo, no presente ano letivo decidiu aliar-se ao projeto “Newton Gostava de Ler”. O mesmo projeto resultou de um convite que a Rede de Bibliotecas Escolares fez à Universidade de Aveiro para desenharem em conjunto um projeto que aliasse a promoção da leitura à experimentação científica e fosse possível de pôr em prática nas bibliotecas escolares integradas na RBE. De referir que o mesmo foi iniciado em Aveiro, em 2010-2011 e contou com o apoio do Ministério da Educação e Ciência através da Rede de Bibliotecas Escolares.
Foi assim criado um programa anual de leitura de livros que abre as portas a todos os que pretendem experimentar e aprender ciência. Ou seja, a partir da leitura de um recurso literário, é possível criar pontes para a realização de pequenas experiências científicas.
O projeto parte de duas conceções: a de que o conhecimento científico é decisivo para o avanço civilizacional e a de que a biblioteca escolar garante condições para emanar ciência. A seu favor apresenta ainda o facto de não implicar custos elevados e de ser facilmente replicável.
Assim sendo, no dia 14 de dezembro, alguns dos alunos da Sala Arco-íris aceitaram o desafio de virem à Biblioteca e participar numa “EXPERIÊNCIA EMULSIONANTE”.
A primeira parte da atividade prendeu-se com a narração da história “Na tacinha das Natas” que nos conta as aventuras escorregadias de Quac e a Flac, duas rãs muito espertas e curiosas mas cuja vida se complicou no dia em que resolveram espreitar um piquenique e caíram numa tacinha das natas.
Na segunda-parte deste encontro os nossos queridos convidados não hesitaram em aventurar-se nesta experiência para a qual apenas necessitaram de um frasco com tampa, uma pedrinha, uma faca e um garfo e um pacote de natas frescas.
Foi com muito espanto que após a realização da experiência, os pequeninos cientistas descobriram que fazer manteiga está ao alcance de todos e que não se tratou de magia mas de ciência!
O encontro terminou com a degustação desta fresquíssima manteiga e a confirmação de que através da agitação mecânica é possível originar a migração dos triglicéridos cristalinos (rígidos) para o exterior do glóbulo da gordura, danificando a membrana e expondo o seu conteúdo.
Sem comentários:
Enviar um comentário