Dia 11 de fevereiro celebra-se o Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência, uma iniciativa criada em 2015, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, como forma de alertar para a desigualdade de género que penaliza as oportunidades e carreiras das mulheres nos domínios da ciência, da tecnologia e da inovação.
Para ilustrar esta luta, nada melhor do que o visionamento de filmes onde se demonstre o papel preponderante das mulheres para o avanço da ciência.
Assim, de 11 a 20 de fevereiro, no âmbito das atividades do Plano Nacional de Cinema e em articulação com as docentes de Físico-Química, foram realizadas 16 sessões para todas as turmas do 9.º ano e alunos dos Cursos de Educação e Formação na Biblioteca Escolar D. Carlos I, onde estes tiveram a oportunidade de visionar os filmes Radioactive, um filme sobre Marie Sklodowska, e Hidden Figures, um filme sobre Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson, três mulheres afro-americanas cujos cérebros brilhantes lhes valeram cargos na NASA, apesar da segregação racial e sexual ser ainda uma realidade.
Marie Curie foi efetivamente uma mulher extraordinária, que, mesmo numa época onde imperava o machismo e a xenofobia, venceu preconceitos e trabalhou arduamente, realizando descobertas que tiveram um forte impacto no mundo.
As suas conquistas, dois prémios Nobel, o facto de ter sido a primeira mulher a lecionar na Universidade de Paris, revelaram-se tanto ou mais extraordinárias considerando o machismo que imperava na época e as dificuldades que daí decorriam, nomeadamente as que sentiu no exercício das suas atividades académicas e na obtenção de recursos e equipamentos para as suas pesquisas.
Marie também foi vítima de preconceito por ter se envolvido com um homem casado, que não sofreu as mesmas ofensas públicas, após o falecimento de seu marido Pierre Curie.
Início da década de 1960. Os EUA e a União Soviética encontram-se em plena Guerra Fria. A disputa pela corrida espacial entre as duas potências é uma evidência e nenhum dos países está disposto a perder a oportunidade de colocar o primeiro homem no espaço.
Numa época em que os computadores eram ainda muito rudimentares, foram as suas extraordinárias capacidades de cálculo matemático de Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson que definiram as complexas trajectórias que tornaram possível colocar na órbita da Terra o astronauta John Glenn, no dia 20 de Fevereiro de 1962.
Tornou-se assim o primeiro norte-americano a fazê-lo. O soviético Yuri Alekseyevich Gagarin, a bordo da nave Vostok 1, já o tinha conseguido em de Abril do ano anterior.
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