Pelo terceiro ano consecutivo, a Biblioteca Escolar D. Carlos I participou no Plano Nacional de Cinema.
O Plano Nacional de Cinema (PNC) está previsto como um plano de literacia para o cinema e de divulgação de obras cinematográficas nacionais junto do público escolar e pretende formar públicos escolares, despertando nos jovens o hábito de ver cinema, bem como valorizá-lo enquanto arte junto das comunidades educativas.
No âmbito do Plano Nacional de Cinema e no 7.º ano, a Professora Cristina Didelet, elemento da Equipa PNC da EB D. Carlos I, dinamizou seis “ATELIERS DE ESCRITA CRIATIVA COM BASE EM CURTAS METRAGENS” nas seguintes datas: 26 outubro (7.º A); 23 novembro (7.º B); 14 dezembro (7.º C);25 de janeiro (7.º D); 22 fevereiro (7.º E); e 22 março (7.º F).
A metodologia usada foi a de mostrar o início de uma
curta-metragem, suspender o seu visionamento no que em cinema se costuma
apelidar de cliff hanger, e depois
pedir aos alunos para desenvolverem o resto das histórias. No final da produção
escrita os alunos comparavam a sua história com o enredo original do filme,
dando origem a uma análise do filme e da sua mensagem.
As curtas-metragens usadas foram Kismet Diner ou Cupido,
Uma História de Amor de Mark Nunnuley; A Caixa de Jeziel Bueno; História Trágica com Final Feliz de
Regina Pessoa e The Missing Dog da Globe
Telecom.
Eis algumas
dessas produções escritas:
Escrita criativa: kismet
Diner de Mark Nunnuley
O filme Kismet Diner ou Cupido, Uma História de Amor
de Mark Nunnuley fala-nos de uma jovem e bonita empregada de café que todas as
noites canta para os seus clientes que adoram ouvi-la. Um dia apaixona-se por
um cliente que durante as suas atuações se mantem impávido e sereno.
Não percebendo a razão da sua indiferença, e para que ele
repare nela, decide então levar uma vida profissional perfeita, não dar nas
vistas, mas sobretudo estabelecer contacto de alguma forma com esse homem
misterioso.
Entretanto, Paulo, o indivíduo apenas interessado nos seus
livros e desinteressado em Laura, tinha sabedoria literária profunda mas
precisava de saber como era aproveitar a vida, conhecer o livro em que ele era
o escritor e onde tinha de escrever o rumo da sua própria história.
Havia passado uma semana, sem frutos do esforço da jovem
Laura, que estava agora ciente que apenas tinha de ser ela própria para
impressionar este homem, não com a personalidade de outra pessoa, mas sim com a
sua única e maravilhosa personalidade.
Paulo continuava na sua prisão, na prisão feita por si mesmo
para o prender e separar da vida, até que a voz de Laura derrubasse as ditas
grades.
Era a noite, a noite da grande atuação para que Laura havia
treinado e se tinha esmerado para que corresse perfeitamente, a noite onde iria
ter a bênção do Cupido. Então, após a asua atuação, e como que por magia, um
amor intenso despertou em Paulo. Estava “livre” e tinha-se apaixonado!
No dia seguinte, já o mundo literário era passado e já a
relação com Laura estava viva e iria durar longos anos.
Martim Cabral 7ºE
Escrita criativa: História Trágica
com Final Feliz de Regina Pessoa
O filme Historia Trágica com Final Feliz fala-nos de uma menina cujo coração batia tão forte que perturbava o dia-a-dia de todos os que o ouviam. Este barulho, segundo a menina, devia-se ao facto de ela ter um coração de pássaro. E se de início este barulho incomodava toda a gente, rapidamente se tornou tão habitual que já ninguém reparava nele.
Um dia a menina sentiu-se triste pois já ninguém reparava
nela. Decidiu então partir com a sua bicicleta, como costumava fazer
antigamente, só que desta vez sem volta.
A menina com coração de pássaro enfrentou ventos e chuvas. Não
sabia quando iria voltar mas sabia que quando voltasse iria ser uma pessoa
mudada. Disso tinha ela a certeza! Ela estava sempre a pensar em quando
chegaria ao seu destino. Era cada vez mais difícil suportar aqueles ventos.
Passaram alguns dias. Ela já estava cansada de andar de
bicicleta, já estava com feridas nos pés e nas mãos de tanto andar, e não havia
água para beber, quando avistou ao longe uma luz. Como não sabia o que era,
decidiu ir ver.
Nesse mesmo dia chegou ao seu destino, o castelo do
Feiticeiro, a quém pediu que a transformasse num pássaro e este assim fez.
Ela bateu as asas e voou, sentindo-se finalmente livre!
Inês Teles, 7ºD
Escrita criativa- “A Caixa” de Jeziel Bueno
O filme A caixa
fala-nos de uma jovem que, um dia, estando no seu quarto, se apercebe que a
caixa que está no seu quarto produz um barulho estranho. Aproxima-se,
curiosamente, para tentar perceber o que se passa, deitando objetos para dentro
da caixa que, aparentemente, são engolidos por esta.
Então ela, curiosa e corajosa, meteu a mão dentro da caixa
para ver o que lá teria ou simplesmente para descobrir até onde iria o buraco
com o qual se intrigava. O buraco era frio e húmido. Ela cada vez enfiava mais
e mais o braço…ate que encontrou finalmente uma coisa … ERA OUTRA MÃO!!! Ela continuava a puxar e a puxar e foi
saindo, não só a mão mas também o braço, e o corpo e a cabeça! ERA UMA
PESSOA!!! Essa pessoa tinha uma máscara que lhe tapava o rosto…mas faltava-lhe
tirar um braço. Enquanto lentamente a pessoa ia tirando o seu braço, a jovem
apercebeu-se de que ele teria uma coisa na mão…que era…um pastel de feijão. E
ele muito educadamente deu-lhe o tal pastel.
Ela agradeceu e convidou-o a sair da caixa, mas havia um
problema… É que a pessoa da máscara não tinha pernas, logo não iria conseguir
sair. Mas ele sugeriu outra hipótese, que seria a de ser ela a entrar na sua
caixa. Não lhe dando margem para dúvidas, agarrou-a e puxou-a com força para
dentro da caixa. A caixa era muito escura, fria e húmida, mas de alguma maneira
ela sentia-se bastante confortável ao sentir um ventinho quando estava a ser
puxada para baixo.
Até que houve um
fim nesse buraco infindável. Bateu com força nesse chão e desmaiou… Quando
acordou estava em casa, no sofá onde minutos antes jogava no seu telemóvel… Teria
tudo sido um sonho? Só sabia que não estava lá nenhuma pessoa… mas esperem… o
que é aquilo que se esconde por debaixo da mesa onde está a caixa? … É… é… a
pessoa!!!
André Travassos Leite 7.º B
O filme The Missing Dog fala-nos de um
senhor que, um dia, estando a passear num parque encontra um cãozinho perdido.
Aproxima-se deste e leva-o para sua casa. O tempo vai passando e o senhor trata
dele afetuosamente, como se de uma criança se tratasse. O Natal aproxima-se, e
o senhor, sempre na companhia do cãozinho, trata alegremente da casa e da árvore
de Natal, preparando a época festiva que se aproxima.
Mais tarde, ao passear pelo parque depara-se com um cartaz
com a fotografia do “seu” cão, apercebendo-se de que alguém procurava pelo seu
novo amigo.
Decide então ir a casa da senhora que o procurava e devolver
o cãozinho. Quando chega a casa da senhora, vê-a e é amor à primeira vista.
Ao ver o seu cãozinho, ela diz:
_ O meu cão!!!
_ Sim, tome. Achei que era o melhor a fazer - responde o homem.
O homem, a partir daí, todos os dias vai ver o cão, mas no
fundo só ia visitar o cãozinho para poder vê-la. Até que um dia, a dona do
cãozinho convida-o para um jantar em sua casa e para o qual o senhor vestiu o
seu melhor fato.
Quando entrou em casa surpreendeu-se porque esta tinha uma
casa luxuosa. Comeram arroz de pato com vinho do Porto e depois um soufflé. Quando se preparava para sair
de casa da dona do cãozinho, reparou numa fotografia em que a senhora estava no
Vietname.
_ Minha querida Anabela! És tu?!_ Exclamou ele ao perceber
que ela era a pretendente que deixou no Vietname antes de poder pedi-la em
casamento.
Decide então pedi-la imediatamente em casamento. E ela, ao
lembrar-se dos tempos passados da sua juventude, aceita. E viveram felizes para
sempre… com o cãozinho!
Rodrigo Rocha, 7.º
C
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