terça-feira, 19 de novembro de 2019

BECRE D. CARLOS I PARTICIPA NO LISBON & SINTRA FILM FESTIVAL DE 2019

Dando cumprimento às atividades do Plano Nacional de Cinema, pelo quinto ano consecutivo
implementado pela Biblioteca Escolar D. Carlos I, nos dias 18, 19 e 21 de novembro de 2019, participaram na 13.ª Edição do Lisbon & Sintra Film Festival (LEFFESTE), as duas salas do Jardim de Infância, 38 alunos do 1.ºCiclo, todas as turmas do 9.º ano bem como duas turmas dos Cursos de Educação e Formação da E.B. D. Carlos I.







Assim, para além da sua extensa programação, aberta ao público em geral, o LEFFEST organizou, do ensino pré-escolar ao ensino secundário, um conjunto de sessões especialmente dedicadas à comunidade no âmbito do projeto "Serviço Educativo".

Assumindo a sua importância e responsabilidade na formação e desenvolvimento do público infantil e juvenil, o festival pretende, através deste programa, proporcionar momentos de fruição, reflexão e discussão do cinema, estimular o gosto artístico e o pensamento crítico.







No que concerne ao Jardim de Infância, Pré-Escolar e 1.º Ciclo, a proposta deste ano do projeto "Serviço Educativo" assentou, no visionamento da série de televisão para crianças, intitulada “AS COISAS LÁ DE CASA”, um conjunto de pequenas histórias cantadas em plasticina cujas personagens principais são, precisamente, as coisas lá de casa: a tesoura e a agulha, a roupa e a corda, o lápis e a borracha...


No escurinho do Centro Cultural Olga Cadaval, os mais pequenos tiveram ainda a oportunidade de assistir a “DODU – O RAPAZ DE CARTÃO” (argumento de Alexandre Honrado e Virgílio Almeida) que retrata as peripécias de um sensível rapaz de cartão faz-de-conta que vive numa cidade hostil para as crianças mas que, na companhia da sua amiga Joaninha e graças à sua prodigiosa imaginação, consegue criar mundos maravilhosos habitados por criaturas invulgares que o ajudam a lidar com as suas emoções e a crescer.

O autor destas deliciosas aventuras é nada mais, nada menos, do que um Sintrense nascido na Amadora em 1966: José Miguel Ribeiro.

Para além de realizador, José Miguel Ribeiro é ainda ilustrador e professor. Em 1995, o seu filme “A Suspeita” recebeu inúmeros prémios, entre os quais o Cartoon D’Or 2000. Em 2012 funda em Montemor-o-Novo, em conjunto com Ana Carina Estróia, a produtora “Praça Filmes”. Nos anos mais recentes realizou a série de televisão para crianças, intitulada “As Coisas Lá de Casa” e as curtas-metragens “Passeio de Domingo”, “Viagem a Cabo Verde” e “Estilhaços”. Esta última foi selecionada para competição no Festival de Cinema de Locarno 2016 e recebeu o prémio melhor filme documentário em Clermont-Ferrand 2017.

Atualmente desenvolve o projeto de longa-metragem de animação “Nayola”, com argumento de Virgílio Almeida, baseado na peça “A Caixa Preta”, de José Eduardo Agualusa e Mia Couto.



Na tarde do dia 19 de novembro foi a vez de os alunos do 9.º ano assistirem a Linhas Tortas de Rita Nunes (Lisboa, 1974). Formada pela Escola Superior de Teatro e Cinema, a cineasta produziu e realizou em 1997 Menos Nove, sua primeira curta-metragem. Atualmente a trabalhar como realizadora de publicidade, assinou ainda os telefilmes produzidos por Paulo Branco para a RTP1 Contas do Morto (2000) e Só Por Acaso (2002).

O filme dá a conhecer Luísa – uma jovem atriz  –  que graças a um encontro acidental no Twitter se encanta por António – escritor e jornalista, que, usando Rasputine como nome de perfil, está nesta rede social sem revelar a sua identidade. A relação entre ambos, sempre virtual, torna-se o centro das suas vidas. António não resiste à juventude e graça de Luísa, Luísa reconhece em Rasputine a primeira concretização dos seus idealismos amorosos. Decidem encontrar-se. Mas António tem um acidente a caminho desse encontro e deixa Luísa à espera…

No final desta história do século XXI, pejada de enganos amorosos e do desenleio desses enganos, sempre arrastada pela força maior do acaso, os alunos tiveram ainda o privilégio de estabelecer uma conversa com a realizadora Rita Nunes, a atriz Joana Ribeiro e advogada Carmo Afonso, responsável pelo argumento, e que em primeira mão deram a conhecer a sua visão da obra e responderam às muitas questões que lhe foram colocadas.

Mais uma vez o Serviço Educativo cumpriu os seus objetivos de trazer o cinema a todas as idades e encorajar a participação ativa da comunidade.

  

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