segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

A DANÇA DAS CORES CHEGOU AO PROJETO NEWTON

 “Da biologia à física, da química à biologia ou à matemática, as leituras e as experiências vão-se entrelaçando e colhem de espanto alunos e professores, atraindo grupos-turma à biblioteca”.


Decorreu no dia 27 de novembro de 2024mais uma fantástica sessão do projeto “Newton Gostava de Ler” dinamizada pela Equipa da Biblioteca Escolar D. Carlos I pano de fundo foram as competências socioemocionais e contou com a participação dos alunos do Centro de Apoio à Aprendizagem. 


O agrupamento D. Carlos I continua, no presente ano letivo, a desenvolver um conjunto variado de atividades e projetos para promover as competências socioemocionais de forma sistemática.

Uma das estruturas que tem investido na promoção de uma "Mentalidade de Crescimento" - [Growth Mindset vs. mentalidade fixa] – tem sido a Biblioteca Escolar D. Carlos I, nomeadamente através da realização de inúmeras sessões de promoção da leitura, iniciativas artísticas e culturais, encontros com personalidades várias e participação em projetos de cariz nacional e internacional. 

Se os alunos/as que percecionam ter relações positivas com os professores, têm níveis mais elevados de competências sociais e emocionais, estas associações tornam-se tanto ou mais fortes quando estamos a lidar com alunos mais novos. Importa por isso que, desde muito pequenos, os nossos alunos consigam identificar conscientemente o que estão a sentir, podendo proceder a uma autorregulação emocional imprescindível para a sua saúde mental e sucesso académico. 

Nos anos letivos de 2018/2019 e 2019/2020, um conjunto de escolas do Concelho de Sintra, no qual se incluiu também o AE D. Carlos I, participou num estudo internacional da O.C.D.E. (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) que pretendeu analisar o ADN socioemocional dos alunos do concelho e mais propriamente o papel das escolas de Sintra na promoção das competências socioemocionais.

Segundo o referido estudo internacional, conduzido pela Fundação Calouste Gulbenkian, para desenvolver competências de autorregulação emocional é importante: saber identificar emoções; saber identificar emoções em mim; saber identificar emoções nos outros; e saber gerir regular essas emoções.

Foi com base nestas premissas e com o objectivo de trabalhar competências socioemocionais como a auto-regulação, o auto-conhecimento e a comunicação, que a obra escolhida para este encontro especial foi O Novelo de Emoções escrito por Elizabete Neves e magnificamente ilustrada por Natalina Cóias.

Uma menina chamada Marta não sabe o que se passa com ela, pois sente algo que não consegue explicar. Eis que surge o seu amigo Sukha, e através de um novelo de lã imaginário, constituído por cinco fios de cores diferentes, todos misturados, correspondendo cada um a uma emoção primária, vai demonstrar que o que ela sente são emoções. 

Com exemplos do seu dia-a-dia, Sukha vai ensinar Marta a reconhecer as emoções, que não são boas nem más, mas que transmitem sempre uma mensagem. 

O contacto com uma obra em que as emoções  estão presentes, envolvendo também adereços e materiais que colheram de espanto os jovens leitores, permitiram criar pontes e motivações para a realização de pequenos debates e levar os jovens leitores a atingir níveis mais elevados de criatividade, energia, otimismo, sociabilidade e confiança.







Na segunda parte deste encontro e guardando em mente o objetivo de aproximar a ciência junto do público escolar de várias idades e níveis de ensino, através de atividades experimentais, os alunos foram convidados a criar uma dança de cores, usando para isso pratos, leite, corante alimentar, palitos e detergente da loiça

Foi com agradável surpresa que os alunos observaram as cores a mexerem-se e a misturarem-se formando desenhos e combinações fantásticas. 

A explicação é simples e científica. O leite é um líquido gorduroso com moléculas (uma espécie de peças de lego que se encaixam entre si e fazem força para baixo, para os lados e para cima). Neste caso, as moléculas não fazem força para cima porque não há mais líquido para cima, então formam uma espécie de barreira chamada “tensão superficial”. Quando colocamos o detergente, furamos esta barreira e, por isso, o leite mexe-se, misturando as cores.

Ainda nesta sessão os alunos deram largas à criatividade criando um espelho de cores com uma simples cartolina. 

No fim do encontro cada aluno escolheu uma fita de tecido com a emoção que estava a sentir, e, como seria de esperar, houve uma grande explosão de alegre amarelo!












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