terça-feira, 31 de janeiro de 2023

OFICINA DE POESIA COM O 6.º G

No seguimento do último livro trabalhado no Clube de Leitura, O homem que Plantava Árvores, de Jean Giono, a Professora Bibliotecária lançou um último desafio aos membros do Clube de Leitura do 6.º G. 



Assim, a partir da exploração da obra, foi pedido aos pequenos leitores que construíssem um poema, em verso livre ou com rimas, partindo do ponto de vista da personagem principal e fazendo uso de palavras e expressões usadas no texto original. 

Leiam com atenção os magníficos poemas dos jovens leitores que, para além de uma estonteante sensibilidade, revelam como tão bem interiorizaram os conteúdos desta sessão inesquecível e retiveram a mensagem inspiradora de que os atos de uma pessoa, ainda que pequeninos e isolados, podem, quando movidos por grandes doses de constância, grandeza de alma e uma generosidade sem limites, fazer a diferença no mundo e "levar a bom porto uma obra digna de Deus".


Terras de Provença

Era uma vez

uma terra de

grande escuridão

muita aridez

e bastante solidão

O vento era frio

e as aves nem um pio

Terra sem idade

Terra de insanidade

A terra de Provença

não era uma boa influência

Pois trabalhava-se pelo carvão

Para se comprar pão

 

O tempo passou a correr

e surgiu uma certa razão de viver

Chegou uma brisa carregada de odores

e belos jardins cheios de cores

 

Com muitos movimentos

E grandes sentimentos

Elzéard Bouffier

foi por muitos considerado

O Atleta de Deus esperado

                                                                                JOSÉ MANUEL PAREDES / 6.ºG


Uma Aldeia

Durante uma viagem

Passei por uma aldeia

Tentei apreciar a paisagem

Mas esta era muito feia

 

Ao passar pela aldeia

Só vi solidão

Mulheres amarguradas

E homens empurrando carvão

 

Felizmente havia um homem

Com muita nobreza

Pôs tudo em ordem

E salvou a natureza

INÊS MARTINS / 6.ºG

                                                                                                                 

Vila Preta

Vila de terra ardente

Pessoas e carvão

Suicídios e loucura

Nas terras de altura

 

Vento incessante

Soprava egoísmo

Nessa vila preta

Toda a vida desaparecera

Eu vivia em solidão

Desolação e ruínas

No meu coração …

 

EDUARDO TOMÉ / 6.ºG


Transformação

No início era a solidão,

o vento incessante e

pessoas a trabalhar no carvão

 

Nada parecia importante

neste sítio de terra ardente

Um sem-fim de terras despidas

Um monte de ervas ressequidas

E pessoas de pequena mente

Depois ocorreu uma transformação

Encontraram-se prados verdejantes

Já não existia desolação

Em novas terras brilhantes

 

Grandes carvalhos robustos

Pequenos e belos arbustos

Brisa doce carregada de odores

E já ninguém guardava rancores

                                                                                                                                                                                                                                                                                    HENRIQUE PEREIRA/ 6.ºG

Bolotas

Elzeárd escolhia certas bolotas

Umas boas e grandes

Outras caíam e davam cambalhotas

Que acabavam em carvalhos gigantes

 

Depois íamos dormir

acordávamos e as ovelhas passeávamos

O pastor, os carvalhos ia redefinir

enquanto os plantava para a

paisagem olhávamos

 

Só ele podia saber

A diferença que no mundo

estava a fazer!

  EDUARDO  DIAS / 6.ºG

 

 Tudo Mudou

Antes tudo era desolação

Ervas ressequidas

num sem-fim de terras despidas.

 

O vento incessante rugia

As pessoas lutavam pelo carvão

e contra a solidão.

 

O Elzéard Bouffier ali chegou

Uma floresta plantou

E tudo melhorou.

 

O vento incessante cessou

E uma doce brisa cheia

de odores permaneceu.

                                                                                                                 LOURENÇO DA SILVA / 6.ºG

 O Manto

Cheguei àquela terra

onde a insanidade reinava

e nem uma fonte jorrava

 

Dos pássaros não se ouvia o canto

Apenas um silêncio ensurdecedor

Mas sobre as terras caiu um manto

Que já não me causava dor

 GONÇALO FILIPE / 6.ºG

 

Atleta de Deus

 Antes,

Terras desabrigadas perto do céu

Terras despidas e monótonas

Silêncio, tristeza

Toda a vida desaparecera.

 

Agora,

Bosquezinhos de bétulas

Carvalhos robustos

Prados verdejantes

Brisa doce carregada de odores

Vida a renascer

 

Ó Atleta de Deus,

que trabalho maravilhoso fizeste!

 INÊS ALVES / 6.ºG

 Inferno Semeado

Um homem doou a sua vida

Plantou carvalhos robustos

Com esperança que voltasse a paz

Naquela aldeia de terra ardente

 

Na aldeia muitos suicídios e egoísmo

Solidão e insanidade assassina

Um inferno na terra semeado

 

Graças a ação deste

Atleta de Deus

Lentamente a terra despida

se vestiu de

prados verdejantes

ANA CLARA DE JESUS / 6.ºG

 

Sem Salvação

Num cenário desértico

os carvoeiros vendiam carvão,

pela cidade em busca de alimento

voltavam sem salvação

 

Entre suicídios e insanidade

uma alma de bondade

trouxe a esperança

dum mundo melhor


Carvalhos robustos

era aquilo que plantava

com as suas sementes

nunca parava

 

Terras despidas e monótonas

Um pastor com o seu rebanho

vestiu de encanto tamanho

 CONSTANÇA OLIVEIRA / 6.ºG


O Agora

Antes

solidão

Agora

Ressurreição

 

Antes cenário desértico,

hoje beleza

Onde só havia silêncio,

cresceu a natureza

 

E tudo graças a ti,

Ó Atleta de Deus!

 SOFIA DELGADO / 6.ºG

 

Uma Nova Vida

Anteriormente era a desolação,

a luta pelo carvão,

mas lá estava o velho,

com bétulas e carvalhos,

só, com as suas roupas de linho

Plantou 100 mil carvalhos, 20 mil

germinaram, só 10 mil aguentaram

A guerra nada o incomodara

e continuara a transformar

Abelhas zumbiam no ar

Faias havia naquele viveiro

Ovelhas já só quatro.

Um velho, uma história quase

a acabar de se ler.

 FRANCISCO VALENTE/ 6.ºG

 

O Homem que gostava da Natureza

Cenário desértico,

Ruínas,

Aridez

Fontes Secas

 

Terra ardente

Vento que rugia

incessante

sobre terras de onde

a vida desaparecia

 

Do silêncio e solidão

num mundo de carvão

Nasceu uma floresta

Faias, bétulas e carvalhos.

VÍTOR BORDA DE ÁGUA/ 6.ºG


O Carvoeiro

Era carvoeiro pobre e triste.

sempre sozinho, sempre na solidão

a lutar pelo meu pão


Até que um dia

me tornei apicultor

E plantei um bosquezinho

de bétulas cheio de amor

 

GUILHERME  DAVID / 6.ºG


Mundo Sem Vida

 

Antes havia desolação,

solidão e egoísmo

insanidade

ervas ressequidas

casas em ruínas

um sem fim

de terras despidas.

 PEDRO LAMPREIA / 6.ºG

Terras Ardentes

Numa aldeia onde dominavam

a insanidade e o suicídio

a tristeza e o egoísmo

 

Numa aldeia de ruínas

E de terras ardentes

reinava a solidão

 

Mas agora renascera uma aldeia

onde se acordava

com o canto dos pássaros

e o aroma da natureza

 

MARTIM  COITO / 6.ºG

 O Carvoeiro

Tinha uma vida horrível

E horrível era o meu trabalho

Trabalho duro de carvoeiro pobre

Ao som do vento invisível

 

Na aldeia triste onde morava

nem uma fonte jorrava

Num cenário de ruínas

vendia o carvão para comprar pão

                                                                                                                           LUCAS PEREIRA / 6.ºG

                                                                                                                     

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