No seguimento do último livro trabalhado no Clube de Leitura, O homem que Plantava Árvores, de Jean Giono, a Professora Bibliotecária lançou um último desafio aos membros do Clube de Leitura do 6.º G.
Assim, a partir da exploração da obra, foi pedido aos pequenos leitores que construíssem um poema, em verso livre ou com rimas, partindo do ponto de vista da personagem principal e fazendo uso de palavras e expressões usadas no texto original.
Leiam com atenção os magníficos poemas dos jovens leitores que, para além de uma estonteante sensibilidade, revelam como tão bem interiorizaram os conteúdos desta sessão inesquecível e retiveram a mensagem inspiradora de que os atos de uma pessoa, ainda que pequeninos e isolados, podem, quando movidos por grandes doses de constância, grandeza de alma e uma generosidade sem limites, fazer a diferença no mundo e "levar a bom porto uma obra digna de Deus".
Terras de Provença
Era uma vez
uma terra de
grande escuridão
muita aridez
e bastante solidão
O vento era frio
e as aves nem um pio
Terra sem idade
Terra de insanidade
A terra de Provença
não era uma boa influência
Pois trabalhava-se pelo carvão
Para se comprar pão
O tempo passou a correr
e surgiu uma certa razão de viver
Chegou uma brisa carregada de odores
Com muitos movimentos
E grandes sentimentos
Elzéard Bouffier
foi por muitos considerado
O Atleta de Deus esperado
Uma Aldeia
Durante uma viagem
Passei por uma aldeia
Tentei apreciar a paisagem
Ao passar pela aldeia
Só vi solidãoMulheres amarguradas
E homens empurrando carvãoFelizmente havia um homem
Com muita nobreza
Pôs tudo em ordem
E salvou a natureza
INÊS MARTINS / 6.ºG
Vila Preta
Vila de terra ardente
Pessoas e carvão
Suicídios e loucura
Nas terras de altura
Vento incessante
Soprava egoísmo
Nessa vila preta
Eu vivia em solidão
Desolação e ruínas
No meu coração …
EDUARDO TOMÉ
/ 6.ºG
Transformação
No início era a solidão,
o vento incessante e
pessoas a trabalhar no carvão
Nada parecia importante
neste sítio de terra ardente
Um sem-fim de terras despidas
Um monte de ervas ressequidas
E pessoas de pequena mente
Depois ocorreu uma transformação
Encontraram-se prados verdejantesJá não existia desolação
Em novas terras brilhantesGrandes carvalhos robustos
Pequenos e belos arbustos
Brisa doce carregada de odores
E já ninguém guardava rancores
HENRIQUE PEREIRA/ 6.ºG
Bolotas
Elzeárd escolhia certas bolotas
Umas boas e grandes
Outras caíam e davam cambalhotas
Que acabavam em carvalhos gigantes
acordávamos e as ovelhas passeávamos
O pastor, os carvalhos ia redefinirenquanto os plantava para a
paisagem olhávamos
Só ele podia saber
A diferença que no mundo
estava a fazer!
Tudo Mudou
Antes tudo era desolação
Ervas ressequidas
num sem-fim de terras despidas.
O vento incessante rugia
As pessoas lutavam pelo carvão
O Elzéard Bouffier ali chegou
Uma floresta plantouE tudo melhorou.
O vento incessante cessou
E uma doce brisa cheia
de odores permaneceu.
LOURENÇO DA SILVA / 6.ºG
Dos pássaros não se ouvia o canto
Apenas um silêncio ensurdecedor
Mas sobre as terras caiu um manto
Que já não me causava dor
Atleta de Deus
Terras desabrigadas perto do céu
Terras despidas e monótonas
Silêncio, tristeza
Toda a vida desaparecera.
Agora,
Bosquezinhos de bétulas
Carvalhos robustosBrisa doce carregada de odores
Vida a renascer
Ó Atleta de Deus,
que trabalho maravilhoso fizeste!
Inferno Semeado
Um homem doou a sua vida
Plantou carvalhos robustos
Com esperança que voltasse a paz
Naquela aldeia de terra ardente
Na aldeia muitos suicídios e egoísmo
Solidão e insanidade assassina
Graças a ação deste
Atleta de Deus
Lentamente a terra despida
se vestiu de
prados verdejantes
ANA CLARA DE JESUS / 6.ºG
Sem Salvação
Num cenário desértico
os carvoeiros vendiam carvão,
pela cidade em busca de alimento
voltavam sem salvação
Entre suicídios e insanidade
uma alma de bondade
trouxe a esperança
dum mundo melhor
Carvalhos robustos
nunca parava
Terras despidas e monótonas
Um pastor com o seu rebanho
vestiu de encanto tamanho
O Agora
Antes
solidão
Agora
Ressurreição
Antes cenário desértico,
Onde só havia silêncio,
cresceu a natureza
E tudo graças a ti,
Ó Atleta de Deus!
Uma Nova Vida
Anteriormente era a desolação,
a luta pelo carvão,
mas lá estava o velho,
com bétulas e carvalhos,
só, com as suas roupas de linho
Plantou 100 mil carvalhos, 20 mil
germinaram, só 10 mil aguentaram
e continuara a transformar
Abelhas zumbiam no ar
Faias havia naquele viveiro
Ovelhas já só quatro.
Um velho, uma história quase
a acabar de se ler.
O Homem que gostava da Natureza
Cenário desértico,
Ruínas,
Aridez
Fontes Secas
Terra ardente
Vento que rugia
incessantea vida desaparecia
Do silêncio e solidão
num mundo de carvão
Nasceu uma floresta
Faias, bétulas e carvalhos.
VÍTOR BORDA DE ÁGUA/ 6.ºG
O Carvoeiro
Era carvoeiro pobre e triste.
a lutar pelo meu pão
Até que um dia
me tornei apicultor
E plantei um bosquezinho
de bétulas cheio de amor
GUILHERME DAVID / 6.ºG
Mundo Sem Vida
Antes havia desolação,
insanidade
ervas ressequidas
casas em ruínas
um sem fim
de terras despidas.
Terras Ardentes
Numa aldeia onde dominavam
a insanidade e o suicídio
a tristeza e o egoísmo
Numa aldeia de ruínas
Mas agora renascera uma aldeia
onde se acordava
com o canto dos pássaros
e o aroma da natureza
MARTIM COITO / 6.ºG
O Carvoeiro
Tinha uma vida horrível
E horrível era o meu trabalhoTrabalho duro de carvoeiro pobre
Ao som do vento invisível
nem uma fonte jorrava
Num cenário de ruínas
vendia o carvão para comprar pão
LUCAS PEREIRA / 6.ºG
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