terça-feira, 1 de dezembro de 2020

HORA DO CONTO EM ARTICULAÇÃO COM O PROJETO ARTE E GEOMETRIA

No âmbito do Projeto de Leitura “Hora do Conto” da Biblioteca Escolar D. Carlos I e em articulação com o Projeto “Arte & Geometria”, realizaram-se quatro sessões de promoção do livro e da leitura nos dias 6 de novembro (JI- Sala 2); 13 novembro (JI- Sala 1); e 9 de dezembro (1.º A e 1.º/2.º A). 


As sessões tiveram o seu início com a leitura do poema “As Pedras” de Maria Alberta Menéres que nos diz que as pedras, habitualmente vistas como frias, duras e sem coração, na verdade “cantam nos lagos”, “riem nos muros ao sol”, “tremem de frio e de medo”, e até falam, já que “todas as coisas sabem uma história que não calam”. De facto, quem nunca ouviu histórias tão tristes que até fazem chorar as pedras da calçada?

A leitura do poema deu o pontapé de saída para uma história passada nas planícies do Chad em plena savana africana: “Porque há tantas pedras no rio?"

Também nas histórias africanas, que as mulheres contam para as crianças sorrirem enquanto preparam a comida ou moem o trigo miúdo, todas as coisas estão cheias de vida: as pessoas, os animais, as árvores e até as pedras!

Esta história divertida e simples, recontada por Belén Diaz a partir de um conto tradicional africano, foi apresentada aos alunos recorrendo à técnica do kamishibai ou “Teatro de Papel”

Para quem não está familiarizado com o termo, Kamishibai é uma forma de contar histórias que se originou em templos budistas japoneses no século XII, onde os monges usavam o emakimono ou “rolo de pintura” para transmitir histórias com lições de moral, e sem dúvida capaz de concentrar a atenção maravilhada das crianças.  

Através de um diálogo informal, os pequeninos leitores discutiram o significado desta história, ponderaram sobre a origem das pedras, discutindo fenómenos de erosão, e apontaram a moral da história. 




 







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Como atividade de pós-leitura, os alunos tiveram ainda a hipótese de aprender sobre a savana e conhecer o seu clima e vegetação característicos. Também, com base nas personagens apresentadas na história, puderam distinguir entre animais carnívoros e herbívoros e identificar quais os que se encontram em vias de extinção. 

A terceira parte da atividade prendeu-se com a aquisição do conceito de padrão através da observação do desenho do pêlo dos animais da savana, inclusive alguns de que nunca tinham ouvido falar, tais como impalas, elandes, órixes e kudus.

Assim, ao som dos ritmos das vastas planícies do Serengueti, cada par foi convidado a pintar um desses padrões numa das faces de uma pedra, através de linhas curvas e retas, e de forma a que o animal representado fosse facilmente identificável pelos outros elementos do grupo. 

As lindíssimas pedras pintadas com os padrões e as cores quentes da savana foram depois colocadas à volta da árvore de Natal da Biblioteca Escolar e ajudaram a prestar uma homenagem à dignidade africana e à sabedoria profunda de um mundo antigo.  






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