terça-feira, 13 de maio de 2025

"NO REINO DOS PORQUÊS - A CIÊNCIA CANTADA E CONTADA" POR DANIEL COMPLETO E CARLOS FIOLHAIS

Nos dias 12 e 13 de maio de 2025, todos os alunos do Pré-escolar e do 1.º Ciclo da EB D. Carlos I assistiram ao espetáculo “No Mundo dos Porquês - A ciência cantada e contada” que decorreu no auditório Acácio Barreiros do Centro Cultural Olga Cadaval, uma iniciativa do Departamento de Cultura e Património da Câmara Municipal de Sintra. 

Baseado no audiolivro com o mesmo título “No mundo dos porquês”, trata-se dum espetáculo com poemas de Luísa Ducla Soares, canções de Daniel Completo e textos do ilustre Professor e Cientista Carlos Fiolhais

A ideia que esteve na sua génese foi usar a arte musical para transmitir aos mais novos respostas científicas às questões que eles normalmente fazem na «idade dos porquês», seja na área da astronomia, seja na área da saúde, passando pela física e pela biologia. 

Na verdade o espetáculo demonstra que não é difícil nem impossível falar de ciência a crianças dos 3 aos 10 anos, e que a poesia e a música podem ajudar muito nesse processo. 

As crianças cantaram e bateram palmas efusivamente e muitas gritaram para serem escolhidas para responder às muitas perguntas que iam sendo colocadas pelo Professor Carlos Fiolhais. Carlos Fiolhais explicou que os cientistas tentam descobrir como as coisas funcionam começando precisamente por colocar muitas questões.  

O primeiro aluno a chegar ao palco tentou explicar por palavras suas o que era a gravidade. Depois, com a ajuda dum livro, Carlos Fiolhas demonstrou como funciona a gravidade descoberta por Newton, como pode um objeto entrar em órbita e porque não cai a Lua.

Numa grande explosão inicial que ocorreu há mais de 4 mil milhões de anos e que deu origem ao nosso sistema solar, a Lua, que tem portanto a mesma idade do nosso planeta, terá chocado com a Terra, apanhado velocidade e entrado em órbita. Se não tivesse a velocidade certa, já teria caído porque estaria só a ser puxada pela Terra. De certo modo, a Lua está sempre a cair enquanto anda à volta da Terra. Mas mantém-se à mesma distância. 

Muitos meninos e meninas aventaram hipóteses um pouco estapafúrdias sobre o facto de o céu ser azul, mas depressa descobriram que a origem da luz vem do Sol que contém todas as cores do arco-íris, e que essa luz se espalha pela atmosfera e se mistura com as moléculas antes de chegar à Terra. Tudo é feito de moléculas, até os seres humanos. Como a luz é espalhada de forma diferente conforme as cores, vemos o céu azul e o Sol amarelado. A luz de cor azul é a que está mais espalhada pela atmosfera. Ao pôr-do-sol a luz é mais avermelhada porque tem mais dificuldade em atravessar uma região maior da atmosfera. Sabiam que a estação espacial internacional dá 17 voltas por dia ao planeta Terra e que de lá os astronautas vêm o Sol branco no meio do negro?

Porque é que não podemos viver para sempre foi outra das perguntas que intrigou os jovens presentes na sala. Todos somos feitos de células e dentro das células, que por sua vez são feitas de moléculas, que por sua vez são feitas de átomos, dão-se reações químicas. As mesmas conseguem multiplicar-se e substituir-se às mais velhas. Mas como qualquer máquina, chega uma altura em que se torna difícil reparar o que se vai estragando e podem parar órgãos importantes para a nossa sobrevivência, como o coração. 

As plantas também são feitas dessas pequenas unidades chamadas células, e dentro das células das folhas também se dão reações químicas – fotossínteses - que as ajudam a transformar energia. As plantas aproveitam a luz do sol, a água e o dióxido de carbono para criarem açúcares e oxigénio, moléculas que contêm energia. Se as plantas não transformassem esse gás chamado dióxido de carbono em oxigénio, não teríamos o ar que respiramos. Sem as plantas a vida na Terra não seria possível. Sabiam que a energia nunca se cria, nunca se perde, apenas se transforma?! Basta aprender a canção!

Em suma, se quiserem encontrar respostas para as perguntas que fazemos desde pequenos, por exemplo, porque flutuam os barcos, porque não podemos viver para sempre, como é que conseguimos ver, basta apontarem para um QR CODE que se encontra no interior do livro que esteve na génese deste espetáculo. Aí também se podem encontrar os versos da Luísa Ducla Soares cantados na magnífica voz de Daniel Completo. 

Como se explica no prefácio, a poesia, a música e a ciência aparecem juntas porque são respostas humanas à nossa vida no mundo. 

Este interessante livro está já disponível nas Bibliotecas Escolares do AE D. Carlos I.  Venham requisitá-lo e verão como a ciência pode ser divertida. 

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