sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

30.ª MOSTRA DE TEATRO DE SINTRA_SESSÕES DO DIA 18 E 25 DE FEVEREIRO

Decorreram nos dias 18 e 24 de fevereiro de 2022, mais duas sessões do projeto "30.ª Mostra de Teatro de Sintra"  dinamizado pela Biblioteca Escolar D. Carlos I. 

Nessas mesmas sessões, os alunos participantes e aspirantes a atores do 2.º e 3.º ciclos,  puderam contar com a preciosa orientação do brilhante e bem conhecido ator Rogério Jacques que está a acompanhar este projeto. 

A Mostra é um projeto desenvolvido em parceria entre a Câmara Municipal de Sintra e O Chão de Oliva, Centro de Difusão Cultural em Sintra, que através da expressão dramática pretende desenvolver competências nos alunos e seus educadores. 

Para além da apresentação dos trabalhos finais de cada grupo participante, o projeto aposta fortemente na formação dos educadores, professores, monitores de ATL e responsáveis pelos grupos de teatro das escolas da rede pública e dos estabelecimentos de ensino da rede privada com ensino básico.

18 de FEVEREIRO 2022

Todas as sessões obdedecem a uma rotina de exercícios de aquecimento de corpo e voz e de variadas dinâmicas de grupo, após o que se dá início ao ensaio da peça a apresentar já no próximo mês de maio.




25 de FEVEREIRO 2022

EXERCÍCIOS DE RELAXAMENTO CONDUZIDOS PELO ATOR 

ROGÉRIO JACQUES

 







Depois de exercícios de descontração e aquecimento de corpo e voz, o ator ROGÉRIO JACQUES propôs exercícios  para ativar o espírito e a criatividade do grupo.  



quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

4.º LIVRO DOS CLUBES DE LEITURA DO 6.º ANO_2021_22

Decorreram nos dias 1 e 17 de fevereiro  6.º F , 22 de fevereiro  6.º A  e 24 de fevereiro  6.º D , quatro sessões relativas ao 4.º livro a explorar nos CLE – Clubes de Leitura na Escola. 

"Uma indiscutível obra-prima." Foi assim que José Saramago descreveu a obra O Homem que Plantava Árvores e por isso este best-seller internacional  foi o quarto livro escolhido para ser trabalhado nos Clubes de Leitura do 6.º ano.  

Há 40 anos um homem caminhava pelas montanhas dos Alpes, mais exatamente na região da Provença, ao sul do rio Drôme, e depara-se com um cenário desértico, pontuado apenas por alfazemas silvestres. Na verdade a região não era mais do que "um sem-fim de terras despidas e monótonas" a 1000 ou 1200 metros de altitude.

Ao procurar água e embrenhando-se por estas terras desabrigadas perto do céu, o explorador vislumbra uma pequena silhueta negra, de pé como um tronco solitário, que logo descobre ser um pobre pastor.  

Depois da morte da mulher e do filho, Elzéard Bouffier, refugiara-se na solidão, tendo por única companhia um cão e trinta ovelhas. 

Conhecia tão bem como a palma das suas mãos as esparsas aldeias da região. Havia assim apenas quatro ou cinco povoações distantes entre si e espalhadas pelas encostas nos bosques de carvalhos brancos. Eram locais lúgubres onde as fontes haviam secado e viviam pobres aldeões que sobreviviam do negócio duro do carvão e se regiam somente pela ambição cega e pelo desejo obsessivo de escapar àquele lugarejo esquecido de Deus. 

Era uma terra onde vícios e virtudes se digladiavam entre si e uns com os outros, e o vento incessante, rugindo brutalmente sobre as carcaças das casas, semeava a insanidade assassina e os suicídios. 

Ao pernoitar junto deste solitário e silencioso pastor, o viajante, de quem nunca se sabe o nome, assiste ao curioso hábito deste homem de escolher diariamente 100 bolotas perfeitas para plantar no dia seguinte. 

Em breve descobre que este aparentemente insignificante homem de poucas falas, houvera plantado 100.000 bolotas em três anos, das quais 20.000 tinham vingado mas apenas 10.000 iriam crescer. 

Após a 1.ª Guerra Mundial e cerca de cinco anos após este primeiro encontro, o viajante regressa a estas terras para descobrir que Elzéard Bouffier cuidava agora de uma centena de colmeias porque os rebanhos punham em perigo as suas plantações de carvalhos. 

Surpreendemente verifica a existência de uma floresta de carvalhos que se estendia por 11 quilómetros e até um bosquezinho de bétulas com cinco anos e, graças a uma reação natural em cadeia, pequenos riachos "que a memória dos homens sempre recordara secos"!

Em 12 meses  Elzéard Bouffier plantara também mais de 10 000 olmos que infelizmente morreram todos. Passado um ano voltaria a dedicar-se às faias que provariam vingar melhor do que os carvalhos.

E o vento que outrora golpeava as telhas e ensandecia os homens, ajudava agora a espalhar as sementes. E havia salgueiros, juncos, prados, jardins, flores, e pela primeira vez, uma certa razão de viver! 

A descoberta do resultado da obra assombrosa deste "Atleta de Deus", permite-lhe concluir que "Os seres humanos podem ser tão eficazes como Deus, com outra finalidade que não a destruição."

Aquando da 2.º Guerra Mundial, já Elzéard Bouffier se encontrava a 30 km do ponto inicial, a obra deste homem que "descobrira uma maneira fabulosa de ser feliz" corre perigo. Os automóveis moviam-se agora a gasogénio e os carvalhos plantados começaram a ser cortados para queimar. Felizmente como o acesso a tão remoto lugar se tornara dispendioso, os seus robustos carvalhos puderam prosperar. 

O explorador, que decidira visitar este emissário divino todos os anos desde 1920, vem prestar-lhe uma última visita, e em 1945, o velho pastor tinha agora 87 anos, encontra, em vez do vento fustigante que soprava sobre a aridez, uma brisa suave e carregada de odores. 

Pela primeira vez ouvia-se o vento da floresta e o sussuro da água a correr para uma represa. Uma tília, símbolo da ressurreição, indicava que a esperança regressara a Vergons. E havia campos de cevada e centeio, prados verdejantes, bosques repletos de áceres e tapetes de hortelã. E até as antigas nascentes voltaram a jorrar. 

Graças ao milagre produzido por um único homem, as aldeias foram reconstruídas, podendo dizer-se que "10.000 pessoas deviam a sua felicidade a Élzéard Bouffier"

Em 1947 Élzéard Bouffier morre no hospital de Banon. 

O narrador inicia a sua obra dizendo "Para que o carácter de um homem evidencie qualidades verdadeiramente excepcionais, é preciso ter a sorte de o observar de perto durante anos. Caso o seu comportamento se revele despojado de egoísmo, se as ideias que o norteiam manifestarem uma generosidade inesgotável, se for evidente que não busca nenhuma recompensa e que, além do mais, deixou no mundo a sua marca indelével, encontramo-nos, sem sombra de dúvida, diante de uma personalidade única."

Ora, após conhecer a história de Elzéard Bouffier, facilmente se pode constatar que o mesmo preenchia todos estes requisitos e era por conseguinte um homem a todos os títulos excepcional! 

Graças à "mão humana e alma de um único homem", foi possível transformar uma terra ardente, despida e monótona, numa terra de Canaã verdejante onde reinava a serenidade, a beleza e sobretudo a esperança. 

6.º F - 17 DE FEVEREIRO DE 2022

                                           






6.º D - 24 DE FEVEREIRO



Na segunda parte da atividade os alunos tiveram a oportunidade de assistir ao filme de Fréderick Back com o mesmo nome e que ganhou o Óscar de melhor curta-metragem em 1987.

Mais de vinte mil desenhos feitos à mão em acetato fosco (lápis de cor à base de cera; pastel; tinta), e que demoraram cinco anos a construir, foram precisos para construir esta belíssima animação que surge com a aparência de um sonho. 

Para além desta forte dimensão onírica, o filme destaca-se pelo facto de imagem, voz e movimento agirem como um só elemento. A voice over do narrador - que aqui também funciona como personagem-, não se resume ao papel de legenda do que vamos vendo. Quando aquele mundo cruel e árido se transforma num mundo com mais vida e cor, quando as sementes cuidadosamente plantadas pelo pastor Bouffier formam um oásis, voz, desenhos e movimento transformam-se numa só coisa. 

O mais belo neste filme é a memória caprichosa que reconta com a fluidez do sonho. As imagens transmutam-se, acumulam-se, diluem-se umas nas outras. É o espaço do sonho, mas de um sonho fluído: ovelhas pastando que se transmutam em soldados da Primeira Grande Guerra; uma floresta-gota, transforma-se numa onda e depois num vasto oceano; fumo de explosões que se transforma em cadáveres, destroços e esqueletos de animais. É uma tapeçaria onírica onde um desenho se torna noutro desenho que por sua vez se transmuta noutro desenho, numa sucessão que abranda apenas nos momentos mais violentos para obrigar o espetador a reparar no absurdo dos atos humanos e a refletir sobre eles.  

E a mensagem, a mesma do livro, é a de um jovem que recolhe um ensinamento e pretende transmiti-lo ao público para que ele copie o exemplo do heróico pastor que foi capaz de dar vida a um deserto!

"Baseado no belíssimo conto do francês Jean Giono, de 1953, a animação conta a estória de Elzéard Bouffier, um pastor de ovelhas que durante anos cultivou uma floresta esplendorosa numa área desértica da França. Com as suas próprias mãos e uma generosidade sem limites, desconsiderando o tamanho dos obstáculos, ele faz, do nada, surgir uma floresta inteira – com um ecossistema rico e sustentável. Uma história inesquecível sobre o poder que o ser humano tem de influenciar o mundo à sua volta. "


Após a análise do filme visionado, a Professora Bibliotecária lançou um último desafio aos membros do Clube de Leitura.

Partindo da leitura da obra, foi pedido aos pequenos leitores que construíssem um poema, em verso livre ou com rimas, partindo do ponto de vista da personagem principal e fazendo uso de palavras e expressões usadas no texto original. 

Leiam com atenção os magníficos poemas dos jovens leitores que, para além de uma estonteante sensibilidade, revelam como tão bem interiorizaram os conteúdos desta sessão inesquecível e retiveram a mensagem inspiradora de que os atos de uma pessoa, ainda que pequeninos e isolados, podem, quando movidos por grandes doses de constância, grandeza de alma e uma generosidade sem limites, fazer a diferença no mundo e "levar a bom porto uma obra digna de Deus".


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

PROJETO NEWTON PROPÕE INTERESSANTES DESAFIOS MATEMÁTICOS E ENSINA A CALCULAR

“Da biologia à física, da química à biologia ou à matemática, as leituras e as experiências vão-se entrelaçando e colhem de espanto alunos e professores, atraindo grupos-turma à biblioteca”.

Decorreram nos dias 23 de fevereiro e 23 de março de 2022 mais duas sessões do Projeto "Newton Gostava de Ler" dinamizada pela equipa da Biblioteca Escolar D. Carlos I e que contou com a participação das turmas do 6.º D e 6.º F. 

A primeira parte destes encontros centrou-se na leitura de alguns capítulos da obra O Homem que Sabia Contar de Malba Tahan, ou como já foi descrita, a combinação perfeita entre o mundo das letras e o universo dos númerosTambém, atavés da leitura desta obra fascinante o leitor tem a hipótese de aprender a matemática pela história e a história pela matemática. 

[Um humilde pastor persa do século XIII, Beremiz Samir, exímio no exercício da arte de calcular, é o protagonista deste livro. O enredo ambienta-se no exotismo do Médio Oriente, mesclando aspectos da cultura islâmica, da herança grega e de outras grandes culturas com curiosidades da matemática e reflete com fascinante realismo o clima filosófico, religioso e social da época. 

No universo narrativo são integrados curiosos problemas e enigmas matemáticos e lógicos, aparentemente complicados mas sempre iluminados pela simplicidade dos raciocínios que lhes proporcionam solução, desvendados por Beremiz, o personagem com habilidade e raciocínio lógico. A acção termina com a tomada de Bagdad pelos mongóis, no ano de 1258 da nossa era, marco histórico que assinala o fim da hegemonia árabe no Médio Oriente.]


Já familiarizados com a espantosa habilidade de calcular da personagem principal, os alunos convidados foram por sua vez divididos em grupos e cada um desses grupos foi convidado a encontrar a solução para alguns dos problemas apresentados no livro.

Para auxiliar o raciocínio destes intrincados problemas, a equipa da Biblioteca Escolar construiu um conjunto de adereços que ajudaram a visualizar a resolução dos problemas apresentados. 

Foi uma sessão muito divertida e que provou que a matemática também pode ser um jogo aliciante.  


O 6.º D e o 6.º F aceitaram o desafio de responder a uma série de curiosos problemas matemáticos


“Gostámos muito de participar nesta atividade porque foi divertido apesar de os problemas serem difíceis. Mas assim trabalhámos o nosso cérebro."
 
“Adorámos a sessão porque foi uma experiência muito boa e queremos várias atividades como esta.”

“Gostámos muito de participar neste módulo porque achámos interessante. As atividades foram desafiadoras, diferentes e divertidas.”

“Foi muito fixe! Tivemos de pensar muito e trabalhámos em grupo.”

6.º F

“Gostámos muito de participar nesta sessão porque tem atividades práticas, conta-nos uma história engraçada sobre a arte de calcular e faz-nos pensar.”

“Achámos fixe, engraçado, principalmente aquela história sobre o deserto. Gostámos muito!:) Até à próxima!”

“Foi uma experiência que nos fez pensar mais e além disso foi divertido. O nosso grupo foi muito bom e ajudou a todos. Nós gostámos muito! Esperamos ir mais vezes.”

“Foi uma experiência diferente e divertida. Conseguimos fazer tudo com bastante facilidade e gostámos muito.”

“Gostámos muito porque trabalhámos em equipa e criámos memórias. Não estávamos à espera de fazer problemas matemáticos pois não sabíamos o nome da atividade. Mas foi divertido e interessante.” 

6.º D







A matemática também pode ser um jogo aliciante!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

7.º C E 7.º B APRENDEM A FAZER UMA LÂMPADA DE GELO

“Da biologia à física, da química à biologia ou à matemática, as leituras e as experiências vão-se entrelaçando e colhem de espanto alunos e professores, atraindo grupos-turma à Biblioteca”.



Decorreram nos dias 2 de fevereiro– 7.º C – e 16 de fevereiro de 2022 – 7.º B –, mais duas sessões do projeto “Newton Gostava de Ler” e que teve como pano de fundo o módulo “Lâmpada de Gelo!”

A metodologia foi a já habitual neste projeto, partindo-se da leitura e exploração de um recurso literário, criam-se pontes para a realização de pequenas experiências científicas. 

Assim, os alunos começaram por ouvir alguns excertos dos capítulos mais hilariantes de Os Mistérios de Casimiro de António Pocinho e as gargalhadas foram mais que muitas. Como resistir a um livro que começa assim: 


“Chamo-me Casimiro e estou aqui como podia estar noutro sítio qualquer. Não fui eu que escolhi. Após ter passado por provas difíceis, que incluíram ecografias e diagnóstico precoce, fui selecionado para um lugar que estava em aberto aqui na Terra. No dia em que eu nasci, abriu uma vaga para meterem mais um habitante no planeta, e aqui estou eu. Não foi preciso cunhas nem nada. Fui escolhido porque precisavam mesmo de mim. Não sei ao certo qual é a minha missão, mas, para já, puseram-me a jogar à bola, a estudar a composição química do Universo, que é o sítio de onde eu vim, a fazer testes sobre tudo e mais alguma coisa e a ir para a cama a horas.
Será que eu tenho mesmo uma missão na Terra? Serei um enviado especial de uma cadeia de televisão de extraterrestres ou um agente secreto de outra galáxia, encarregado de enviar relatórios periódicos sobre a situação no mundo?”

Após a audição das aventuras e desventuras de Casimiro e das suas interrogações sobre algumas questões científicas, nomeadamente como arranjar um candeeiro, os alunos foram convidados a aventurarem-se também na construção de uma lâmpada de gelo. 

Assim, na segunda metade deste encontro os alunos adquiriram alguns conceitos sobre circuitos elétricos, a constituição de um Díodo Emissor de Luz ou Led, as principais diferenças entre um Led e uma normal lâmpada incandescente, a constituição de uma pilha e o fenómeno de transformação da energia química em elétrica. 

Depois desta explanação teórica, foi altura de cada grupo deitar mãos à obra e construir a sua própria lâmpada de gelo, necessitando para isso dos seguintes materiais: um balão de látex; Leds coloridos; fios elétricos; um suporte para duas pilhas; duas pilhas AA de 1,5 Volt;  fita isoladora; cordel; e uma resistência elétrica. 

Depois de uma noite no congelador e de alguma expetativa, o fulgor colorido pela refração da luz no interior do gelo fez arredondar de espanto a boca dos alunos, satisfeitos com o bonito resultado das suas atividades experimentais. 

A primeira sessão deste módulo decorreu no dia 2 de fevereiro e contou com a participação do 7.º C. 






A segunda sessão deste módulo decorreu no dia 16 de fevereiro e contou com a participação do 7.º B. 




Mais um módulo e de novo a confirmação de que a Biblioteca Escolar pode de facto transformar-se num espaço de ciência, promovendo a autonomia e as aprendizagens ao longo da vida.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

1.ª SESSÃO DO PROJETO "BIBLIOTECA AO LEME" COM O 5.º E

Decorreu no dia 4 de fevereiro de 2022 a primeira sessão do Projeto "Biblioteca ao Leme" da responsabilidade da Biblioteca Escolar D. Carlos I.

A sessão contou com a participação do 5.º E e o tema foi a literacia da informação