sábado, 30 de outubro de 2021

"SARAMAGO NA ESCOLA: LEITURAS CENTENÁRIAS"

No âmbito das comemorações do centenário do nascimento de José Saramago que se celebra a 16 de novembro, mais de 100 Escolas Básicas de Portugal e Lanzarote estão já a realizar sessões de leitura do conto  "A Maior Flor do Mundo”, presente no currículo escolar do Ensino Básico.  


A Biblioteca Escolar D. Carlos I não poderia deixar de se aliar a esta iniciativa - SARAMAGO NA ESCOLA: LEITURAS CENTENÁRIAS - pelo que no dia 28 de outubro de 2021, a aluna selecionada para fazer a leitura desta história, Mariana Ferreira do 8.º E, encantou uma plateia de alunos do 2.º ano de escolaridade da EB D. Carlos I com a sua leitura de uma história que nos ensina a importância dos pequenos gestos. 
 
A exploração da história e as atividades de pós-leitura ficaram a cargo da Professora Bibliotecária. 

E aqui importa contar uma pequena parte deste encontro: à pergunta da Professora Bibliotecária se conseguiam imaginar a proporção entre o menino e a flor, uma menina de seis anos respondeu que deveria estar na mesma ordem de grandeza do João e do pé de feijão!!!

Já dizia Albert Einstein que se queriam ter crianças inteligentes deveriam ler-lhe contos de fadas. E que se queriam ter crianças muito inteligentes deveriam ler-lhes ainda mais contos de fada.

E se Einstein conhecesse esta linda história, onde se aprende que somos capazes de fazer atos superiores ao nosso tamanho, certamente que também lhes recomendaria Saramago. 

Obrigada à Mariana Ferreira e às Professoras Ana Grave e Marinela Neves por se terem juntado a nós nesta homenagem ao nosso prémio Nobel. 

Obrigada sobretudo a ti, José Saramago, pelo muito que nos deste!


No dia 16 de novembro, às 10 horas, a Fundação José Saramago irá difundir em simultâneo estas leituras. 







quinta-feira, 28 de outubro de 2021

LEITURAS EM FRANCÊS_MIBE 2021

CENDRILLON





No dia, 28 de outubro, quinta-feira, quatro alunas da turma do 8ºE fizeram uma atividade com a sua professora de Francês, Anabela Rosado.

Por volta da uma e meia da tarde, a professora e as alunas juntaram-se na Biblioteca para afinar os últimos retoques. Treinaram muito e muito, até que chegou a hora.

A professora foi buscar a turma do 8ºE enquanto que a Carolina Brites, a Leonor Sá, a Joana Botelho e a Mariana Ferreira, continuaram a ensaiar as partes mais difíceis de conter o riso e as mudanças de lugar. 

Ao chegar, a turma viu as cadeiras todas organizadas e estava pronta para se sentar e apreciar a peça.

O decorrer da peça correu lindamente e acho que grande parte da turma entendeu o que se passava no conto da “Cendrillon”. 

Durante a apresentação ocorreram momentos de nervos, de alegria e muita representação. Como a professora Anabela se disponibilizou para desempenhar o papel de narrador, nós tivemos mais tempo para nos movimentarmos e representarmos ao máximo.

Depois da leitura/representação do conto, foi visionado o vídeo que foi utilizado para retirar grande parte das falas. Quando terminou o vídeo todos conseguiram perceber melhor as personagens que cada uma representava.

Esta atividade foi muito interessante e acho que esta experiência nos ajudou a falar melhor Francês!

Obrigada professora!
Mariana Ferreira do 8.º E


LE PETIT CHAPERON ROUGE


Sabiam que a história do Capuchinho Vermelho é anterior ao século XVII ?! Foi impressa pela primeira vez por Charles Perrault, um autor francês, que aproveitou este conto tradicional da Europa e integrou “Le Petit Chaperon Rouge” no seu livro “Contos da Mãe Gansa”. 

No século XIX os irmãos Grimm voltaram a recontar esta história que se tornou um dos contos infantis mais famosos de todos os tempos.

Nas aulas de Francês estamos a estudar o conto “Le Petit Chaperon Rouge”. Como todos sabem, nesta história, a Capuchinho Vermelho é enganada pelo lobo que consegue chegar antes dela a casa da avó com a intenção de comer as duas. Mas o conto acaba bem, graças à ajuda de um lenhador que as salva e dá um castigo ao terrível lobo.

Voltar a reviver esta história da infância é sempre muito divertido.

Inês Silva do 8.º E





segunda-feira, 25 de outubro de 2021

LEITURAS INDIVIDUAIS NO DIA INTERNACIONAL DA BIBLIOTECA ESCOLAR

O Dia da Biblioteca Escolar é celebrado na quarta segunda-feira do mês de outubro. Este dia tem como objetivo destacar a importância das bibliotecas escolares na educação, assim como promover o gosto pela leitura. A data foi comemorada pela primeira vez em outubro de 1999.

A turma do 7.º A comemorou o Dia da Biblioteca Escolar indo à nossa biblioteca e lendo durante quinze a vinte minutos. 
Por volta das 12.45 da manhã, os alunos do 7.º A entraram na biblioteca com os seus livros, foram sentar-se na zona dos computadores e ficaram lá a ler até às 13.05 da tarde, saíram da biblioteca e foram até à sala de aula onde estavam a ter português, pegaram nas mochilas e saíram do pavilhão. 

Esta foi a notícia da minha turma sobre o modo como comemorámos o Dia da Biblioteca Escolar e eu sou o Guilherme Lourenço. 
Adeus e um resto de bom dia. 
Guilherme Baptista Alves Lourenço





No dia 25 de outubro, segunda-feira, celebrou-se o Dia da Biblioteca Escolar. A turma do 7.º G foi à biblioteca da sua escola para celebrar esse dia e cada aluno pôde escolher o seu livro. 

Todos os alunos liam o seu livro numa leitura silenciosa, para não incomodar os colegas. Os livros variavam muito de gostos, desde aventuras até a grandes romances. 

A Professora de Português, que nos acompanhou, deu uma breve explicação sobre os elementos que podemos encontrar nos livros.

A opinião do 7.º G foi que essa visita à biblioteca foi muito boa, pois ficaram a perceber mais sobre livros. 
Alunos do 7.º G

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

TEATRO DE FANTOCHES "O COELHINHO BRANCO"

No âmbito das atividades do Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE), e respondendo ao repto lançado pela International Association of School Librarianship (IASL) que propôs, como anualmente faz, um tema aglutinador: “Contos de fadas e contos tradicionais de todo o mundo”, a Biblioteca Escolar D. Carlos I  levou a cabo um TEATRO DE FANTOCHES com base no livro O Coelhinho Branco de António Torrado. 


As duas sessões decorreram nos dias 15 de outubro e 4 de novembro e tiveram como público-alvo as duas salas do Jardim de Infância da EB D. Carlos I. 


Após o visionamento do teatrinho de fantoches e com o objetivo de desenvolver competências literácitas e de expressão dramática, os pequenos leitores desenvolveram uma atividade de roleplaying com base na peça a que assistiram. 


SALA 1






SALA 2








Assistam vocês também a este conto tradicional: 

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

1.º LIVRO DOS CLUBES DE LEITURA DO 6.º ANO_2021_22

Decorreram nos dias 11 de outubro –  6.º D  – ;12 de outubro –  6.º A –; e 14 de outubro – 6.º F  –, as primeiras três sessões deste ano letivo dos CLE – Clubes de Leitura na Escola – nas turmas do 6.º ano.  


A obra trabalhada foi História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar de Luis Sepúlveda. 
A metodologia da exploração foi a do reconto por parte dos alunos com a ajuda de imagens sobre a história que iam sendo projetadas e depois um debate sobre quais as principais mensagem veiculadas. 

A obra, para além da beleza da escrita, é um hino à humildade, à bondade, à honra, à lealdade, à nobreza de caráter, ao altruísmo, à amizade, à cumplicidade, à honestidade, à sensiblidade, ao sentido de responsabilidade, à tolerância, à aceitação da diferença. 

Com a promoção de todos estes valores positivos e fundamentais para a formação de uma cidadania ativa e de uma sensibilidade empática, a par de uma belíssima história que ora nos deixa os olhos humedecidos ora nos faz encaracolar os cantos dos lábios, a escolha sobre a primeira obra a abordar nestes encontros não poderia ter sido outra. 



A história começa com um bando de gaivotas do Farol da Areia Vermelha planando por correntes de ar cálido sobre a foz do rio Elba, no mar do Norte, antes de continuarem voo para Den Helder, onde se lhes juntaria um outro bando das ilhas Frísias. 

No plano de voo estava previsto que seguiriam depois até ao estreito de Calais e ao Canal da Mancha, onde seriam recebidas pelos bandos da baía do Sena e de Saint-Malo, com os quais voariam juntas até chegarem aos céus de Biscaia. 

Esta mancha de prata iria aumentar depois com a incorporação dos bandos de Belle-Île e de Oléron, dos cabos de Machicaco, do Ajo e de Peñas. 

E seria precisamente o golfo de Biscaia o destino de todos estes bandos que se dirigiam à grande convenção das gaivotas do Mar Báltico, do Norte e do Atlântico. 

Infelizmente uma destas gaivotas, Kengah, apanhada por uma maré negra, acaba por, moribunda, aterrar numa varanda com vista sobre o porto de Hamburgo onde vivia um gato grande preto e gordo, o Zorbas

Antes de morrer Kengah põe um ovo e suplica a Zorbas que lhe faça três promessas: não comer o ovo, tomar  conta da sua cria e, quando esta nascesse, ensiná-la a voar. Sem saber muito bem no que se estava a meter, Zorbas aceita.

Imbuído do sentido de dever e decidido a fazer cumprir a sua palavra honesta de gato do porto, Zorbas empenha-se na educação da gaivotinha, mas como a tarefa de educar se revela mais difícil do que o esperado, Zorbas conta com a ajuda dos seus fiéis amigos, Secretário e Colonello, para o ajudarem a levar a missão a bom porto. Aliás, uma promessa de honra contraída por um gato do porto obriga todos os gatos do porto. 
Através das informações do livro do saber do Sabetudo e do voluntarismo dos restantes, os quatro gatos empreendem a missão de honrar a promessa de Zorbas ao participar na educação da gaivotinha a quem batizam de Ditosa. Bem-afortunada sob a proteção dos gatos do porto, Ditosa cresce a pensar e a agir como um gato. 
No entanto é preciso honrar as promessas feitas e chega ao momento em que é preciso ensiná-la a voar. Com a ajuda de um poeta e abençoada pela chuva, Ditosa encontra finalmente o anseio de voar que prevalece sobre o medo e assim, cumpre o seu destino.
A história termina com o seu pai adotivo a contemplá-la uma última vez com os seus olhos amarelos, embaciados pela chuva ou pela dor, olhos amarelos de gato grande, preto e gordo, de gato bom, de gato nobre, de gato do porto! 


Primeiramente importa salientar a dicotomia estabelecida por esta obra, a todos os títulos excecional, entre humanos, corrompidos pelos vícios, e os animais, regidos por fortes valores de honra e de dever e nobres sentimentos, valores esses que os primeiros abandonaram. 
 
Curioso como o chimpanzé Matias é o único animal que não obedece aos rígidos códigos morais dos outros habitantes do porto. Talvez porque fisicamente é o que está mais próximo do homem, já se apresenta corrompido pela ganância e pela mentira. 

Na verdade, e a obra ensina-nos isso. Há homens bons, como os ambientalistas nos seus barquitos de borracha tentando impedir a maldição dos mares. Infelizmente os homens sem consciência moral ou ambiental sobrepõem-se-lhes, envenenando o oceano com manchas viscosas de petróleo e os rios com pneus, toneladas de garrafas plásticas e barris de inseticidas. 

O poeta é também dos poucos que escapa à dura crítica do narrador, que ao voar com palavras belas que alegram ou entristecem, produzindo sempre prazer e suscitando o desejo de continuar a ouvir, inspira confiança. E daí os animais o escolherem para ajudar a sua filha adotiva a cumprir o seu destino de gaivota. 

Mais do que uma fábula, História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar, assume contornos de parábola onde, mediante o uso de situções e linguagem figuradas, se transmitem ensinamentos morais, e dando como exemplo a profunda dignidade dos animais que nos surgem imbuídos de maior humanidade do que os próprios humanos.

kengah morre ao tentar alcançar o campanário de São Miguel e Ditosa encontra a sua verdadeira natureza lançando-se do mesmo, funcionando assim a torre da igreja de hamburgo como símbolo simultâneo de morte e renascimento. 

Esta obra, parafraseando Saramago, deveria ser de leitura obrigatória também para adultos, sobretudo porque nos relembra que "só voa quem se atreve a fazê-lo".  

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

1.º LIVRO DOS CLUBES DE LEITURA DO 5.º ANO_2021_22

Decorreram no dia 13 de outubro de 2022 as três primeiras sessões do projeto Clube de Leitura nas Escolas (CLE) respetivamente nas turmas do 5.º A e 5.º H e 5.º G.  

A Biblioteca Escolar D. Carlos I aceitou o desafio lançado pelo PNL de criar um espaço dedicado à partilha e socialização da leitura de um mesmo livro, onde professores e alunos possam questionar-se, pôr em comum as suas reflexões sobre os textos e debater os seus gostos acerca dos livros lidos. 

Dinamizar Clubes de Leitura é sempre uma forma de promover a leitura e de motivar para a leitura, com relação quer com a leitura orientada em sala de aula, quer com a leitura autónoma e partilhada, sejam estes realizados de forma presencial ou à distância. Como indica a ideia que subjaz ao projeto, a leitura não tem de ser obrigatoriamente uma atividade solitária. Através deste ponto de encontro e do debate das obras selecionadas, os alunos têm a possibilidade de melhorar as suas competências literácitas, partilhar experiências, desenvolver o sentido crítico, e sobretudo de se fazerem leitores! 

Considerando os gostos e interesses dos alunos, a obra escolhida para as primeiras sessões foi Mouschi, O Gato de Anne Frank de José Jorge Letria. O livro conta a triste história de Anne Frank, do ponto de vista do seu gato Mouschi e apresenta magníficas ilustrações de Danuta Wojciechowska.



Para quem desconhece, Mouschi existiu mesmo e foi levado para o anexo por Peter van Pels, um jovem companheiro de cativeiro de Anne Frank. Através dos olhos amorosos de Mouschi é possível vislumbrar o que viveu este grupo de pessoas escondidas do terror Nazi e sobretudo conhecer a perspetiva do mundo e da tragédia vivida por Anne Frank.

Num exercício de intertextualidade os alunos foram convidados a comparar a leitura do livro de Letria com O Diário de Anne Frank em quadradinhos numa adaptação de Ari Folman e belíssimas ilustrações de David Polonski, tendo apontado diferenças e pontos comuns nas duas adaptações da história. 


A sessão, conduzida pela Professora Bibliotecária da EB D. Carlos I, partiu da explicação do conceito de diário para a análise das personagens e dos eventos, confluindo num debate apaixonado entre alunos e entre professores e alunos sobre o Nazismo, o antissemitismo que grassa nos tempos atuais, o espírito resiliente e estóico dos Judeus e a sua capacidade de renascer das cinzas com perdão e revigorado fulgor. 

Algumas crianças revelaram as suas origens Judaicas, outras falaram de trabalhos realizados sobre a perseguição aos Judeus, outros falaram de filmes que viram sobre o que se designou de “banalização do mal” e outras ainda exprimiram a sua incredulidade para com o maior holocausto vivido pelos seres humanos. 

O tempo foi curto para tanto que se disse e ficou por dizer. A sensação geral foi a de que é mesmo bom ler e depois partilhar leituras e opiniões. Acima de tudo homenageou-se o legado de Anne Frank e da sua crença inabalável nos seres humanos [“Apesar de tudo eu ainda creio na bondade humana!”] e demonstrou-se como a leitura e o conhecimento nos podem fornecer importantes ferramentas para uma cidadania mais justa e igualitária.