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sexta-feira, 7 de junho de 2024

OFICINA ARTÍSTICA DO PROJETO "O MUSEU AQUI E AGORA E O FUTURO QUE LÁ MORA!"

No âmbito do projeto “O Museu Aqui e Agora e o Futuro que lá Mora”, decorreu no dia 7 de junho de 2024 uma oficina orientada pela Ilustradora Joana Paz e na qual participou o Núcleo de Consolidação com Desenvolvimento da EB D. Carlos I. 


A observação e os registos dos fósseis, feitos no Museu de História Natural de Sintra, bem como o material de inspiração visual impresso, foram o ponto de partida para as pinturas das placas de um totem. Assim, em cada placa de cartão distribuída, cada um dos alunos participantes representou a imagem de uma criatura selecionada, inserindo deste modo os animais no ambiente em que viviam — no mar, na terra ou no ar. 

No seu conjunto, o totem resultante acabou por constituir uma timeline ilustrada onde se pode observar a evolução da vida na terra

 PREPARAÇÃO DA ATIVIDADE / MATERIAL DE INSPIRAÇÃO VISUAL

Antes do dia da atividade, foi feita uma recolha de material visual para facilitar e suportar as representações visuais. No caso dos nossos alunos, e tendo sido escolhido o Museu de História Natural de Sintra, recorreu-se sobretudo a imagens/ilustrações de caráter científico, tendo estas referências visuais ficado colocadas nas mesas ao lado das placas.



A turma foi dividida em grupos e essa divisão correspondeu às eras do Museu de História Natural de Sintra, ou seja, um grupo ficou com o tema da Terra primitiva e a origem da vida, ilustrando o planeta Terra em chamas a ser invadido por meteoritos; um outro grupo de alunos ficou com o tema da explosão de vida no Paleozóico, ilustrando a vida que surge na água, os seres marinhos primitivos e as criaturas que começam a sair da água; um terceiro grupo ficou com o tema do Mesozóico, a era dos dinossauros; e finalmente um quarto grupo ficou com era dos grandes mamíferos e dos primeiros hominídeos, o Cenozóico.

Os pratos de tinta e os frascos ficaram no centro das mesas de trabalho As tintas acrílicas foram dispostas em pratos de papel, em pequenas quantidades, organizadas segundo a rodas das cores. 

O primeiro registo a ser feito foi alusivo à COMPOSIÇÃO, de forma a que os alunos ganhassem  consciência do espaço que a prancha oferece, levando também em consideração os cortes de encaixe das placas.

Como os alunos não podiam utilizar lápis de carvão ou outro tipo de material de desenho para o esboço - apenas eram permitidas as tintas acrílicas – o mesmo foi inicialmente feito com recurso à tinta amarela, diluída em água para ficar mais clara. Posteriormente essas linhas foram integradas na pintura, acabando por desaparecer.

Deste modo, os alunos procuraram fazer um desenho que ocupasse a área disponível da placa, pensando-se na composição a partir do seu centro.

A ilustradora Joana Paz orientou os alunos no sentido de refletirem sobre o desenho que iriam fazer, delineando suavemente com tinta amarela a figura central, assim como outros pormenores relevantes para a composição.


De seguida os alunos foram convidados a pensar nas cores que iriam utilizar. As indicações que receberam foram as de que, para aumentar o efeito estético, deveriam recorrer a cores ou tonalidades contrastantes, e que deveriam considerar utilizar as cores correspondentes às diferentes eras. Por exemplo, fundos azuis para as representações do período Paleozóico, fundos verdes para o período do Mesozóico, fundos laranjas/amarelos para o período Cenozóico.

Ainda, as figuras deveriam ser representadas com cores que fizessem contraste com os respetivos fundos. Por exemplo, sobre fundos azuis foi sugerida a utilização de castanhos e laranjas para a figura central, de forma a criar-se um bom contraste entre fundo e figura.

Depois da figura levemente delineada, sugeriu-se trabalharem o fundo com os tons de referência, incentivando-se deste modo os alunos mais tímidos a avançarem com a pintura do fundo enquanto a figura se ia tornando mais evidente. Por outro lado puderam criar texturas de cor, utilizando diferentes tonalidades.





Após a pintura dos fundos, os alunos passaram para a pintura das figuras centrais, com as cores escolhidas. No final, retocaram toda a zona fronteira entre figura e fundo, assim como alguns pormenores. Nesta fase puderam recorrer ao branco para criar pontos de luz e a tons mais escuros para criar zonas de sombra.

A utilização do preto foi desaconselhada pois facilmente contamina as outras cores, criando borrões de cinzas e negros que não se conseguem corrigir. Os alunos foram incentivados a utilizar um azul muito escuro ou um castanho muito escuro para substituir o preto.

Um das estratégias implementadas foi a de incentivar os alunos a encontrar a sua própria expressão em vez de se limitarem a copiar uma expressão plástica. 




Após a finalização das pinturas as placas ficaram a secar à volta de meia hora, após o que se procedeu à construção do totem.

Sequencialmente, na ordem da timeline, começando-se pelas placas que representam a Terra incandescente, depois as placas do período Paleozóico, etc., cada aluno trouxe a sua placa, apresentou-a à turma explicando o que pintou e acrescentou-a ao totem. 

A sessão terminou com uma breve conversa com os alunos para se perceber quais as dificuldades com que se depararam e o que mais gostaram de fazer, o que funcionou como uma celebração do trabalho efetuado.



sexta-feira, 17 de maio de 2024

VISITA AO MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL DE SINTRA

No âmbito do Projeto “O Museu Aqui e Agora e o Futuro que lá mora”, e após várias sessões de leitura sobre o livro Tantas voltas e voltinhas até chegarmos aqui de José Fanha e João Nasi Pereira, foi com muita expetativa que os alunos do Núcleo de Consolidação com Desenvolvimento da EB D. Carlos I iniciaram a sua visita de estudo ao Museu de História Natural de Sintra no dia 17 de maio de 2024. 

A visita começou com as boas-vindas dadas pela equipa do museu, mas a oficina foi conduzida pela Dr.ª Teresa do MHNS. 

A primeira parte da oficina começou com uma breve introdução por parte da Dr.ª Teresa, explicando o que é a História Natural, tema do museu; depois passou à apresentação da origem da coleção do museu, incidindo sobre  Miguel barbosa e a sua paixão por fósseis. 

Ainda nesta fase, fez referência à missão do museu e a sua relevância para a sociedade, e também a importância da paleontologia e dos fósseis para a ciência e para a humanidade. 



Na segunda parte da oficina, os alunos foram introduzidos às atividades a desenvolver nesta oficina e numa outra a decorrer na escola, onde a missão dos alunos será transformar a pesquisa visual numa obra expressiva. 

Já na sala multicolorida do MHNS, a Dr.ª Teresa explicou os critérios de organização da exposição por cores, onde cada cor corresponde a uma era, uma idade da Terra, e deixou alguns conceitos sobre a temática do tempo do planeta Terra:




“É difícil pensar num tempo que ultrapassa a experiência de vida, pelo que recorremos a diversas maneiras de o introduzir — O que são um milhão ou mil milhões de anos para um ser humano, cuja esperança média de vida é de 80 anos em Portugal? São quase cem anos… mas mil milhões de anos? É um número muito grande e longo para se escrever! O que são mil milhões? Quantos zeros tem? 1 000 000 000 tem nove zeros! Como podemos pensar num tempo que vai para além do nosso tempo, do tempo dos nossos pais ou dos nossos avós, do tempo da história dos países, da pré-história, etc.?

A idade e a história da Terra, está inscrita nela mesma, na própria matéria de que é feita. Podemos ver essa matéria à nossa volta. A Terra está sempre a contar-nos os seus segredos, se olharmos com atenção. Há a história da vida e a história antes da vida, na Terra. Antes de tudo o que existe, aconteceu o BIG BANG ou a grande explosão inicial. Estamos a recuar por muito tempo: 14 MIL MILHÕES DE ANOS! Dessa explosão e dessa energia formou-se o nosso universo, com muitas galáxias, uma das quais a nossa: a Via Láctea. Num dos braços desta galáxia está o nosso sistema solar, constituído pelo sol, todos os planetas (há 4600 milhões de anos), luas e corpos celestes que giram à sua volta. 

Da matéria inicial e pela força da gravidade, gás e pós, formou-se o planeta Terra, uma bola de fogo! No início era muito quente, incandescente, mas gradualmente a superfície foi arrefecendo. E, por alguma razão que os cientistas ainda desconhecem, aconteceu neste planeta haver água. Terá vindo do espaço? De um asteroide, cometa, ou da nebulosa solar que envolve a terra? Os cientistas ainda estão a tentar desvendar este mistério. O que sabemos é que com a água surgiu a VIDA, há mais de 4 mil milhões de anos.

Por outro lado, no interior da Terra e no seu manto podemos escutar outra voz que fala. Podemos aprender a ouvir e escutar esta voz que por vezes fala bem alto através de vulcões, onde a lava incandescente, que depois arrefece, endurece e forma rochas vulcânicas, que designamos de magmáticas. 
No nosso planeta encontramos muitas destas rochas e até ilhas inteiras e montanhas formadas a partir deste fenómeno como, por exemplo, as ilhas dos Açores e da Madeira. 
os vulcões libertam vapores de água, que formam nuvens e com elas chega a chuva. A água chega ao planeta terra. 

Outro momento em que a Terra fala bem alto, e não passa despercebido, é quando esta se mexe, dando origem a terramotos e maremotos (mais conhecidos como tsunamis). Isto acontece porque o nosso planeta está coberto de placas tectónicas que estão em movimento. Na realidade, os continentes nem sempre existiram como hoje os conhecemos, nos seus tamanhos, formas e posições atuais. Houve um tempo na Terra em que os continentes estavam todos ligados, existindo apenas um único grande continente — a Pangeia — há 200 - 540 milhões de anos, durante a era Paleozóica.

Quando olhamos para a Terra a partir do mar, ou observamos as falésias perto da praia, vemos outro tipo de rocha. Parece um bolo de camadas! São sedimentos sobrepostos, alguns até em posições verticais, que nos revelam fósseis. 
Os icnofósseis — fósseis de pegadas de dinossauro — são dos mais comuns em Portugal. Os fósseis que aparecem entre esses sedimentos, são vestígios de um outro tempo, de animais ou plantas que ficaram transformados em pedra.”


Numa Terceira fase, os alunos percorreram todas as diferentes cores ou idades da terra assinaladas no museu, procurando escutar aquilo que os fósseis têm para nos contar. 

Na zona de luz vermelha encontra-se a Terra primitiva e a origem da vida, meteoritos e microorganismos (seres microscópicos). Há poucos fósseis porque ainda há pouca rocha. Mas há preservação de insetos na resina e no âmbar. 

Na zona de luz azul encontra-se a explosão de vida do Paleozóico, a vida que surge na água [aqui a vida animal concentra-se na água. Em terra surgem as primeiras formas vegetais e depois os insectos. 
As plantas são as primeiras a deixar a água e a vir para terra. É o início do oxigénio, condição indispensável para que a vida chegue à superfície terrestre. 
É nesta primeira era geológica que aparecem os crinóides, os escorpiões do mar, as trilobites e as esponjas do mar. As trilobites só vivem no período azul. Nem antes nem depois. Aparecem então os primeiros artrópodes, seres vivos com patas. 

No museu há muitos fósseis de peixes desta era; é no final do Paleozóico que começa a deriva continental; o final da Era Paleozóica foi marcado por uma grande extinção em massa que atingiu principalmente os animais marinhos — estima-se que mais de 95% das espécies que viviam no mar desapareceram da Terra. Foi uma era de chuvas, meteoritos e alterações climáticas. 

CURIOSIDADE: As libelinhas nesta altura tinham a envergadura de uma árvore; a buganvília surge nesta era e ainda existe nos nossos dias. 

Na zona de luz verde encontra-se a era dos dinossauros - o Mesozóico - e as suas subdivisões: triássico, jurássico, cretácico (T-Rex). Aqui podemos observar muitos fósseis de amonites e nautilus, assim como fósseis de dinossauros e das suas pegadas. 

Foi nos peixes com esqueleto que se deu a grande evolução. O osso da barbatana solta-se e vai transformar-se em pata. Surgem os primeiros animais anfíbios, como o sapo e a salamandra; os répteis com escamas como as cobras e os lagartos. 

CURIOSIDADEQuem transporta vida para uma nova era são os pequenos anfíbios e os pequenos répteis. 




Na zona verde o grupo visitante teve também de responder por escrito a um conjunto de questões sobre a obra literária estudada e provou que tinha as respostas na ponta do lápis!



Como o desenho incentiva um olhar atento, os aprendizes de paleontologia foram ainda convidados a observar uma reconstituição do Barbosania com muita atenção, vendo como eram as suas formas, e depois a registar a sua observação através de desenhos com lápis de carvão.  

Segundo José Fanha, o “Barbosania era um dinossauro voador que comia peixe e tinha uma cabeça que só vos digo.” 
E se na escola os alunos já haviam desenhado o mesmo com base nesta descrição, agora puderam constatar como era realmente o Barbosania, com o seu longo bico, a enorme envergadura das suas asas de morcego que escondiam duas mãozitas de dinossauro, e as suas pernas atarracadas que indicavam que não tinha sido feito para andar. 


CURIOSIDADEComo as mãozinhas dos dinossauros não trabalham vão desaparecendo. As galinhas são muito parecidas com dinossauros, na verdade são dinossauros vivos!







Na zona das luzes laranja e amarela encontra-se a era dos grandes mamíferos e dos primeiros hominídeos — o Cenozóico

Em África evoluíram primatas, macacos sem cauda, como símios, chimpanzés, orangotangos, gorilas e outros antepassados do ser humano. A floresta tropical deu lugar à savana. 

Os oceanos como os conhecemos hoje marcam o território dos continentes. Há grandes planícies. Os mamíferos agora, na idade do gelo, têm espaço para viver quando dantes viviam escondidos dos dinossauros. 

CURIOSIDADES

Os mamíferos foram concebidos para serem animais de sucesso. Têm pêlo, barriga, leite. 

A baleia azul veio da terra para a água. Como os golfinhos, as baleias têm o cérebro dividido, uma parte para dormir e outra para estar alerta, caso contrário afogavam-se. 

Animais com casco com duas unhas são animais que evoluíram na água. Foram da terra para a água e mais tarde da água para a terra. 

Nesta zona podemos encontrar uma cabeça de Tigre Dentes-de-Sabre, um dente de Mamute, um dente de Megalodon (Tubarão branco de 18 metros e 70 toneladas) , um crânio de uma hiena gigante, peixes, répteis, anfíbios e, por fim, representações dos primeiros hominídeos

Esta foi a zona que arrancou mais reações aos alunos, divertidos com a observação dos seus antepassados. Também motivo de grande admiração foi a transformação de uma árvore, feita portanto com matéria orgânica, em matéria mineral ou pedra, consubstanciando uma nova forma de preservação. 

O tour terminou com a observação de lindíssimos minerais cuja variedade e beleza deixou todos maravilhados. 


Resumindo, ao longo de uma manhã bem interessante, os alunos tiveram de registar e recolher elementos visuais, para poderem ficar com um pouco deste património, no sentido de o interiorizar. 

Posteriormente, na escola, irão desenvolver um elemento tridimensional, um totem, que os levará a condensar as temáticas do museu e a expor o conhecimento adquirido durante a visita e a respetiva oficina. 


Muito obrigada à Dr.ª Teresa e a todo o pessoal técnico do MHNS! 

quinta-feira, 9 de maio de 2024

4.ª OFICINA DE LEITURA DO PROJETO "O MUSEU AQUI E AGORA E O FUTURO QUE LÁ MORA!"

No âmbito do projeto "O Museu Aqui e Agora e o Futuro que lá Mora" e ao longo do mês de Abril, o Núcleo de Consolidação com Desenvolvimento da EB D. Carlos I irá proceder à leitura e exploração paratextual, capítulo a capítulo, do livro Tantas Voltas e Voltinhas até Chegarmos Aqui de José Fanha sobre o Museu de História Natural de Sintra.  

A quarta sessão destas oficinas decorreu no dia 9 de maio, sob a orientação das Professoras Marinela Neves e Sandra Pratas, e centrou-se nos capítulos “Memórias de um Brontosaurus”“Os Dentes do Tigre e o Tigre dos Dentes”





"Meus caros amigos que me estão a ler, seriam vocês capazes de inventar outros nomes de animais, giros e simpáticos?"

No final da atividade, os alunos responderam com muito entusiasmo ao repto lançado pelo narrador no fim do capítulo “Os Dentes do Tigre e o Tigre dos Dentes”, e, no meio de muitos risos, soltaram verdadeiramente a imaginação. 

Confiram aqui os nomes estapafúrdios que eles inventaram: