terça-feira, 31 de maio de 2022

6.º LIVRO DOS CLUBES DE LEITURA DO 5.º ANO_2021_22

Decorreu no dia  31 de maio de 2022, mais uma sessão dos CLE – Clubes de Leitura na Escola – na turma do 5.º G.  


Este encontro dos Clubes de Leitura viajou até ao outro lado do oceano onde a Língua Portuguesa tem mais açúcar. 
Assim, foi com o inocente mistério presente em A Mulher que matou os peixes de Clarice Lispector que se iniciou mais uma aventura literária para os pequenos mas ávidos leitores. 

O título - A mulher que matou os peixes - é enganador e remete-nos para as habituais histórias de crime em que cabe ao leitor desempenhar o papel de detetive, formulando várias hipóteses de resolução do enredo e tentando identificar o criminoso.

A obra defrauda este intento logo na primeira linha, onde a narradora se identifica como a autora do crime horrendo de ter matado dois peixinhos vermelhos que viviam num aquário.

Apesar da admissão da sua culpa, a narradora deixa bem claro que o seu crime não fora intencional, mas que só no fim de contar algumas histórias poderá explicar como tudo aconteceu. 

O grosso da narração é assim um conjunto de histórias sobre animais e insetos e que constituem no fundo a sua defesa. 

Através da análise destas pequenas histórias, a narradora, que aqui se confunde com a autora, espera provar às crianças a quem se dirige diretamente, que é uma boa pessoa, amiga de animais e crianças. 

E foi precisamente para encontrar esse veredicto que se formou, neste sexto encontro, um TRIBUNAL com ré, juízes e testemunhas abonatórias e de acusação

Coube assim a cada aluno incarnar um dos animais visados nestas histórias, descrever as suas circunstâncias, discorrer sobre o caráter da ré Clarice e pronunciar-se sobre a sua inocência ou a sua culpabilidade. 





A Professora Bibliotecária fez o papel da ré Clarice, dando início à sessão com a admissão da sua culpa mas apelando à absolvição pelo coletivo de juízes. 

Mais tarde, as testemunhas, agora transformadas em juízes, com uma pronúncia muito renhida entre inocente e culpada, acabaram por declarar a absolvição de Clarice

Vejam aqui os testemunhos dos animais ouvidos neste tribunal improvisado do 5.º G: 


1.ªS TESTEMUNHAS – OS PEIXINHOS VERMELHOS 

Bom dia Meretíssimo. Eu venho em nome dos dois peixes vermelhos para declarar que Clarice Lispector é culpada, pois ela matou-nos à fome. Sim, à fome!, que é uma morte muito lenta e dolorosa. 

E acima de  tudo, acho que foi de propósito, pois desde o dia em que nos comprou ela já tinha um plano diabólico que seria deixar-nos morrer à fome para escrever um livro sobre isso.

Acho que a Clarice Lespector deveria ser condenada à prisão e ainda pagar uma indemnização com todos os lucros que ganhou com este livro. Por todo o transtorno que causou na nossa vida, a mesma deverá ser declarada CULPADA!

                                                      

2.ª TESTEMUNHA – O CAVALO-MARINHO

Eu sou um cavalo-marinho. As pessoas gostam de me ver nadar, porque o meu movimento as faz lembrar homens e mulheres a dançar devagar.

Vivo perto de uma ilha encantada. Aqui o ar cheira a capim, que parece cantar ao vento. Do mar consigo ver a cidade das borboletas, no meio de um bambual. As borboletas são pequenas, grandes, azuis, amarelas e de todas as cores, e eu adoro ver o seu lindo bailado.

Aqui reina o silêncio, mas é um silêncio atravessado pelos sons dos seus habitantes vegetais e de animais que falam connosco. E querem saber o que dizem? Depende de estarmos tristes ou alegres, com fome de beleza e de conversa.

Nesta ilha moram as crianças um pouco tristes que antes nunca tinham tido a oportunidade de conversar com as plantas e os animais. Gostaria tanto de nadar com essas crianças e de levá-las a conhecer o fundo do mar. O fundo do mar é azul e de todas as outras cores, por causa dos ouriços coloridos, das estrelas do mar e das algas que, ao moverem-se, lhe dão um colorido ondulante.

Se eu fosse um menino, poderia ouvir o canto dos pássaros de todas as cores e tamanho, que sobrevoam a ilha. Poderia saborear o sabor de tantas frutas: jacas, cajus, cajás, graviolas, bananas, cocos, goiabas brancas e vermelhas e pitangas escarlate.

No fundo do mar há cardumes de peixes pequenos e grandes e muitos delfins iluminados pela fosforescência das plantas do mar. 

A Clarice toma muito bem conta das crianças um pouco tristes e conta-lhes como é a vida no fundo do mar. Eu considero-a INOCENTE!

Outra coisa, se não sabem o que significa fosforescência, perguntem à vossa Professora!

31 de maio de 2022

Prof.ª Sandra Pratas


3.ª TESTEMUNHA – O CÃO DILERMANDO

Boa tarde a todos. Chamo-me Dilermando. Eu sou italiano, mas a minha antiga dona quando me conheceu achou que eu tinha cara de brasileiro. 
Quando a minha dona me comprou, eu estava tão feliz que até abanei a cauda. Finalmente eu iria deixar de ser agredido em casa. 
A Clarice dava-me muita comida mas infelizmente ela teve de ir para a Suíça e deu-me a uma moça. 
Como é que uma pessoa que gosta tanto de animas faz isto ao seu próprio cão? Espero que tenha sido útil. 
Quero que Clarice apanhe pena máxima e que pague uma grande indemnização porque na minha opinião ela é CULPADA!


3.ª TESTEMUNHA – O CÃO DILERMANDO (2.ª VERSÃO)

Boa tarde Sr. Juiz. Chamo-me Dilermando. Um dia a Clarice viu-me  na rua e apaixonou-se por mim. Eu, apesar de ser italiano, tinha cara de brasileiro. Finalmente   iam  parar de bater-me e iria deixar de  ser mal-tratado. E eu comi tanto  que até engordei. 
Eu passava o dia inteiro a cheirar as coisas para compreendê-las. Eu gostava tanto  da Clarice que quase endoidecia quando sentia o seu cheiro de mulher-mãe. 
Como vocês sabem, existem neste mundo pessoas que batem em cães e pessoas que nunca batem, mas eu quero avançar no assunto. A Clarice teve de ir para  a Suíça  e disse que lá não aceitavam cães. Acabou por me dar a uma moça e eu chorei  porque sabia que ela me estava a mentir. Eu acho que ela deveria ser condenada a prisão perpeéua. Eu voto CULPADA!



4.ª TESTEMUNHA – A LAGARTIXA

Bom dia Senhor Juiz. Eu sou uma lagartixa. Sou engraçada e não faço mal a ninguém. Sou considerada um bicho natural, daqueles que não são comprados nem convidados.
Adoro comer moscas e mosquitos e sirvo para limpar a casa destes insetos! A Clarice gostava muito de mim porque eu comia as moscas que estavam na casa dela. Eu adoro comer moscas, são uma sobremesa para mim. Eu não percebo por que motivo os humanos não gostam de comer moscas!
Mas há pessoas que gostam de matar os bichos da minha espécie com o chinelo. 
Eu não falo nem canto e não gosto dos humanos, mas não tenho medo da Clarice. Eu voto INOCENTE!



5.ª TESTEMUNHA – O CÃO BRUNO BARBERINI DE MONTEVERDI

O meu nome é Bruno Barberini de Monteverdi. Eu não conhecia pessoalmente a Clarice senhor juiz, mas o meu dono, o Roberto, era amigo dela. Eu amava muito o Roberto e só tinha um amigo. Era o Max. 
Um dia o Max foi almoçar a minha casa e Roberto entrou na cozinha. O Max resolveu fazer festinhas ao Roberto e eu pensei que ele lhe ia fazer mal; então ataquei-o, mas acabei por ter de ir para o hospital. Nas duas primeiras lutas, o Max levou a melhor mas da terceira não resistiu. 
No mundo  dos cães  infelizmente, nós é que decidimos as regras. E a dos cachorros da vizinhança foi a vingança. Cercaram-me e morri. 
A Clarice lembra-se bem desta história, porque é uma história de muito amor. Eu matei por amor ao meu dono! 
Eu acho que a Clarice gosta muito de animais e é INOCENTE!


6.ª TESTEMUNHA – A GATA CHICA

Boa tarde, Senhor Meritíssimo Juiz. O meu nome é Chica e sou cor de laranja, com manchas de um cor de laranja mais escuro. 

Fui um dos muitos gatos da minha dona, a Clarice. Fiquei muito triste porque os pais dela deram-me a outra pessoa. Digamos que me abandonaram. Usaram-me e eu senti-me mal.  Não percebo porque não ficaram comigo! Se calhar foi por ter muitas ninhadas...

A minha dona gostava tanto de mim que quando me afastaram dela até ficou com febre! Os pais dela deram-lhe então um gato de pano, mas só depois de muito tempo é que ela ficou sem febre. 

Agora, eu acho que a Clarice não é culpada e não deve pagar por atos que não fez. Eu voto INOCENTE!


7.ª TESTEMUNHA – O CÃO JACK

Eu fui um dos três cães que a aminha dona teve e ladrava muito. Então, um  dia vizinho ameaçou que se eu não saísse daquela rua me matava. e foi por isso que a minha dona me mandou para uma quinta. Abandonou-me! Eu acho que ela é culpada porque me abandonou! Eu voto CULPADA!


8.ªS TESTEMUNHAS – AS BARATAS

Nós somos as baratas que vivem na casa da Clarice. Ela acha que somos velhas e feias e, como vingança, nós roemos as roupas dela. Nós, as baratas, somos uns bichos muito tristes, só as outras baratas gostam de nós. A Clarice dizia que não fazia mal a nenhum animal à exceção das baratas. 

Ela é má! Ela assassinou os nossos amigos e as nossas famílias! Em nome de todos as baratas, nós achamos que Clarice Lispector é CULPADA




  9.ª TESTEMUNHA – O COELHO

Boa Tarde Meritíssimo Juiz. Eu fui um dos coelhinhos da Clarice. Os coelhos são bichos com muitos segredos. A Clarice até chegou a escrever um livro chamado “O Mistério do Coelho Pensante”!
Acho que a Clarice nunca mataria os peixes deliberadamente. Há pessoas que comem coelhos, mas a Clarice não nos come porque acha que somos amigos dela. A Clarice diz que os amigos não se matam nem se comem uns aos outros.  Eu acredito que ela gosta de animais, sobretudo de coelhos. O meu voto é INOCENTE!


10.ª TESTEMUNHA – OS PATOS

Boa tarde Sr. Juiz. Nós somos patos e temos um modo de andar muito engraçado! 
A Clarice tratáva-nos com muito carinho, por isso temos a certeza de que a Clarice é INOCENTE.


 11.ª TESTEMUNHA – OS PINTOS

Eu fui um dos pintos da Clarice. Nós, os pintos, gostamos de correr atrás das pessoas porque pensamos que elas são as nossas mães.
Sabem que somos muito parecidos com os humanos? É que ficamos com muitas saudades das nossas mães. Longe delas podemos morrer! É verdade! Só os pintos que têm a alma mais forte é que ficam vivos!
Para mim, a Clarice é INOCENTE! Ela matou os peixinhos sem querer. Todas as pessoas já cometeram erros.


12.ª TESTEMUNHA – O MACACO

Olá! Eu sou o macaco que estava no terraço dos fundos da casa da Clarice. Sou um macaco grande e forte, agitado e nervoso, pareço um filhote de gorila!
Como a Clarice gosta muito de bichos, passei a morar com ela e com a sua família. Sabiam que os macacos são os bichos que mais se parecem com as pessoas? É verdade! E eu, de tão agitado que era, parecia um homem maluco! Fiz tanta confusão naquela casa, que a Clarice resolveu dar-me às crianças do morro, que adoram macaquinhos.
Quando souberam que eu já não voltava, todos naquela casa ficaram tristes e zangados com Clarice!
Ela não tinha nada que me ter oferecido a outras pessoas! Eu também fiquei muito triste e zangado! Por isso, na minha opinião, a Clarice é CULPADA!


13.ª TESTEMUNHA – A MACAQUINHA LISETE

Eu sou a macaquinha Lisete. A Clarice encontrou-me numa noite de Natal. Gostou muito de mim porque eu tinha uma saia e brincos. Levou-me para casa e, então, começou a reparar que eu dormia muito. Não se sabia porquê mas era porque eu estava a morrer. Clarice levou-me ao veterinário onde me deram uma injeção, e eu fiquei logo melhor e muito feliz!
Depois levaram-me para casa mas eu acabei por morrer... Quando morri, a Clarice ficou mesmo muito triste e disse que nunca se iria esquecer de mim.
Por isso, eu considero a Clarice INOCENTE!


14.ª TESTEMUNHA – A PERIQUITA AUSTRALIANA

Sou uma periquita australiana. Eu não conhecia bem a Clarice, mas ela era amiga da minha dona, que era pianista.

A minha dona não sabia que as fêmeas e os machos da minha espécie têm de estar juntos, porque gostam de dar muitos beijinhos, mas a minha dona, no seu aniversário, só recebeu a fêmea, ou seja, eu.

A Clarice foi sempre muito boa para mim e para os outros animais. Eu considero a Clarice INOCENTE!


15.ª TESTEMUNHA – A CADELA BOLINHA

Olá, eu sou a cadela Bolinha. Eu não conhecia muito bem a Clarice mas ela era amiga da minha dona. 

Eu sou uma cadela muito normal, mais normal do que muitas pessoas apesar de ser muito sensível e um bocadinho nervosa. 

Sou a mãe perfeita e gosto de apresentar os meus filhotes às pessoas empurrando-os com o focinho. 

Eu acho que a Clarice não foi uma boa mãe, não soube cuidar dos seus filhotes, e por isso eu considero-a CULPADA!


VENCEDORES DOS BIBLIOCONCURSOS DE MAIO 2022

sexta-feira, 27 de maio de 2022

ARTISTA RESIDENTE PROMOVE A EXPRESSÃO DRAMÁTICA

No dia 27 de maio de 2022, a Biblioteca D. Carlos I recebeu a visita da artista residente no Agrupamento, Mariana Magalhães, que junto de todos os alunos do 3.º e 4.º anos dinamizou uma sessão de promoção do livro e da leitura com base no famoso clássico "O Patinho Feio".

Na segunda parte da atividade os alunos foram convidados a recriar a história acrescentando-lhe um ponto, através do desenho, da mímica ou da expressão dramática.

Como o sol brilhava lá fora e o calor exalava da terra, todos os grupos escolheram fazer um reconto dramatizado da história com os espaços verdes da escola por cenário. 

Muito breve a nossa artista residente estará de volta e desta vez com um espetáculo que promete surpreender e veicular uma forte mensagem ecológica. 


4.º ANO 






3.º ANO 






quarta-feira, 25 de maio de 2022

ALUNOS DO 4.º ANO PARTICIPAM NO PROJETO NEWTON GOSTAVA DE LER

Da biologia à física, da química à biologia ou à matemática, as leituras e as experiências vão-se entrelaçando e colhem de espanto alunos e professores, atraindo grupos-turma à biblioteca.”


Decorreram nos dias 18 e 25 de maio de 2022, mais duas sessões do projeto “Newton Gostava de Ler” e que teve como pano de fundo o módulo “Cristaliza esta ideia!”. 



A metodologia foi a já habitual neste projeto, partindo-se da leitura e exploração de um recurso literário, criam-se pontes para a realização de pequenas experiências científicas., os alunos começaram por ouvir a narração da lenda “Castigo de Sal” extraída da obra Lendas do Mar, de José Jorge Letria
Esta lenda remete-nos para o princípio dos tempos em que quem mandava era o grande Deus das Águas, senhor de um imenso território povoado por criaturas belas e pacíficas. A história centra-se na mais rebelde e irrequieta das suas filhas, a Água, que tinha o hábito reprovável de invadir o espaço dos seus irmãos e de se apropriar do que lhes pertencia. 

Ao desrespeitar sucessivamente os avisos do seu poderoso pai, a obstinada Água foi sendo alvo de pequenos castigos. Mas no dia em que decidiu estender os braços e as pernas e invadir a terra, espraiando-se por continentes e ilhas, a Água que era bela e doce e quem a levasse aos lábios logo matava a sede, sofreu o terrível castigo de se tornar salgada até ao fim dos tempos. 

A narração da história deu o mote perfeito para a procura de uma explicação científica para a questão: Por que é que a água do mar é salgada?

Ao contrário do que muita gente pensa, o sal não “surge” no mar, ele encontra-se presente nas rochas. Por isso, quando a água do próprio mar desgasta as rochas litorâneas, elas vão-se fragmentando e dividindo em pequenas partículas, incluindo os sais minerais que se encontram nelas. A água do mar contém porconseguinte uma grande quantidade de iões dissolvidos: cloro, sódio, sulfato, magnésio, cálcio, potássio, etc., que são extraídos quando a água passa nas rochas. E 90% dos sais dissolvidos corresponde a cloreto de sódio (NaCl) ou seja, sal.

Ainda durante este segundo momento, os alunos tiveram ainda a oportunidade de aprender o modo de obtenção do sal de cozinha com recurso à água do mar, pela evaporação do solvente, ou através de jazidas subterrâneas em antigas bacias marítimas.  

O terceiro momento deste encontro consistiu na explicação do fenómeno de cristalização dos sais, numa viagem através da história sobre o hábito do banho, e uma curta introdução às propriedades terapêuticas dos sais de banho.

No último momento deste encontro, e após a divisão da turma em grupos, os alunos aventuraram-se na realização de um frasco de sais de banho. Para a realização dos mesmos necessitaram de cloreto de sódio, umas gotas de óleos essenciais - alfazema, coco ou jasmim -, corante alimentar e umas colheradas de folhas de alfazema. 

De frasquinho na mão decorado a rigor, foi visível a satisfação dos alunos que numa única sessão beneficiaram de uma experiência de leitura, história e ciência. 

Esta divertida e perfumada atividade experimental veio novamente comprovar como a Biblioteca Escolar pode promover a autonomia e as aprendizagens ao longo da vida.

DIA 18 DE MAIO DE 2022







DIA 25 DE MAIO DE 2022






6.º LIVRO DOS CLUBES DE LEITURA DO 6.º ANO_2021_22

Decorreram nos dias 24 e 25 de maio nas turmas do 6.º A e 6.º D, respetivamente,  as duas últimas sessões deste ano letivo dos CLE – Clubes de Leitura na Escola – nas turmas do 6.º ano.  



Sendo a última sessão, deste ano letivo, destes encontros à roda dos livros e dos autores, este ciclo teria que que ser encerrado com chave de ouro, pelo que o autor a ser trabalhado foi, nada mais, nada menos, do que walter hugo mãe e a obra escolhida As Mais Belas coisas do Mundo, a "história de um menino que, dentro do abraço do avô, procura encontrar respostas para os mistérios da vida. O avô, que tem ar de caçador de tesouros, revela-lhe o maior de todos para curar a tristeza e a despedida: o encanto". 


Para saber mais:

Valter Hugo Mãe (propositadamente escrito em minúsculas) nasceu numa cidade angolana outrora chamada Henrique de Carvalho atual Saurimo. Passou a infância em Paços de Ferreira e em 1980 mudou-se para Vila do Conde.

Licenciou-se em Direito e fez uma pós-graduação em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea.

Em 1999 fundou com Jorge Reis-Sá a Quasi edições na qual publicou obras de Mário Soares, Caetano Veloso, Adriana Calcanhotto, António Ramos Rosa, Artur do Cruzeiro Seixas, Ferreira Gullar, Adolfo Luxúria Canibal e muitos outros.

Em 2001, ainda na Quasi, co-dirige a revista Apeadeiro e em 2006 funda a editora Objecto Cardíaco.

Em 2007 atingiu o reconhecimento público com a atribuição do Prémio Literário José Saramago, durante a entrega do qual o próprio José Saramago considerou o romance O remorso de Baltazar Serapião um verdadeiro "tsunami literário".

Para além da escrita tem-se dedicado ao desenho, com uma primeira exposição individual inaugurada em Maio de 2007, no Porto, e à música, tendo-se estreado como voz do grupo O Governo em Janeiro de 2008, no Teatro do Campo Alegre, no Porto..




"O meu avô perguntou quais seriam as mais belas coisas do mundo... Ele sorriu e quis saber se não haviam de ser a amizade, o amor, a honestidade e a generosidade, o ser-se fiel, educado, o ter-se respeito por cada pessoa."

Após a discussão dos aspetos que mais gostaram neste livro e como atividade de pós-leitura, a Professora Bibliotecária lançou o desafio de cada um refletir sobre o que seriam para si as mais belas coisas do mundo e que o tentassem exprimir ao jeito da prosa poética deste conto profundamente comovente sobre a força dos afetos e da memória dos avós.

Verifiquem aqui os resultados: 

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