quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

BECRE D. CARLOS I PROMOVE AÇÕES NO ÂMBITO DA CIDADANIA

A Rede de Bibliotecas Escolares à qual a BECRE D. Carlos I pertence desde 2007, deu início a uma colaboração com a Amnistia Internacional, como forma de promover ações no âmbito da Cidadania e em articulação com a disciplina “Cidadania e Desenvolvimento”.

Assim sendo, e pelo segundo ano consecutivo, a Biblioteca Escolar D. Carlos I, decidiu dar continuidade a esta colaboração, organizando uma Maratona de Cartas em articulação com a Amnistia Internacional e promovendo sessões sobre as defensoras dos direitos humanos e objeto da Maratona de Cartas de 2019.


Nas referidas sessões, que tiveram lugar em todas as turmas do 9.º ano ao longo do 2.º período, foi clarificada o papel da Amnistia Internacional não como uma mera organização mas como um movimento global de mais de 7 milhões de pessoas em mais de 150 países e territórios. Este movimento luta para que todas as pessoas no mundo possam usufruir em pleno dos direitos humanos. A sua missão é investigar e agir de modo a prevenir e a pôr fim a abusos de direitos humanos e exigir justiça para aqueles cujos direitos tenham sido violados.


Na busca de um mundo melhor, os ativistas da Amnistia Internacional trabalham no sentido de melhorar a vida das pessoas através de campanhas e da solidariedade internacional. A sua missão consiste em investigar e gerar ações no sentido de prevenir e acabar com as graves violações dos direitos humanos e no sentido de exigir justiça para aqueles cujos direitos foram violados.

A campanha da Amnistia Internacional “Maratona de Cartas” é precisamente uma destas campanhas que têm como objetivo fazer pressão para a mudança de leis opressivas e falar por todos aqueles cuja liberdade ou dignidade foram ameaçadas. A mesma decorre todos os anos, no último trimestre de cada ano, e celebra-se com maior ênfase por volta do dia 10 de dezembro, dia dos Direitos Humanos (em que se comemora o dia em que a Declaração Universal de Direitos Humanos foi adotada em 1948).


No final destas sessões de educação para os Direitos Humanos que contemplou a apresentação de casos de vítimas de tortura, prisioneiros de consciência, pessoas que enfrentam a pena de morte ou outras violações dos direitos humanos, e onde foram ainda dados exemplos concretos de algumas das vitórias conseguidas no ano de 2018 - graças à mobilização de pressão pública através de manifestações, vigílias e lóbi direto, bem como através de campanhas online e offline -, os alunos, com mais de catorze anos, foram incentivados, no caso de concordarem com os casos apresentados, a assinar petições que buscam chamar a atenção pública e apoiar a pressão aos governos levada a cabo por esta e outras organizações de defesa dos direitos humanos.


Este ano as petições incidiram sobre cinco mulheres muito especiais: Atena Daemi: presa por se manifestar contra a pena de morte; Nonhle Mbuthuma: perseguida por defender a sua terra ancestral; Vitalina Koval: atacada violentamente por defender os direitos LGBTI; Geraldine Chacón: perseguida por capacitar jovens a defenderem os seus direitos na Venezuela; e Marielle Franco: assassinada por defender os direitos humanos. 






Porque é que os casos são só mulheres? Bem, um pouco por todo o mundo, as mulheres estão a liderar a resistência. Estão na linha da frente, a desafiar a discriminação, os desalojamentos, a opressão. Elas desafiam os padrões normativos e discriminatórios ao contestarem leis, práticas corruptas, uso abusivo de força, entre outras violações de direitos humanos e assim, estão a liderar o avançar do extremismo que se está a fazer sentir um pouco por todo o planeta. 

Caso não tenha tido a oportunidade de participar numa destas maratonas levadas a cabo em todo o mundo, não se esqueça de que poderá sempre participar online de forma muito simples. Basta assinar em: 

E no caso de pensar que uma mera assinatura pode ser uma mera migalha, basta observar os  resultados destas campanhas que têm sido verdadeiramente impressionantes. Não só as taxas de participação são muito elevadas como têm obtido uma enorme eficácia: há acusações que caem; há casos em que o tratamento se torna menos agressivo; existem leis ou regulamentos que dizem respeito ao problema que são introduzidos; existem pessoas que são libertadas.

A sessão culminou com a leitura do poema do Pastor Martin Niemöller, um dos combatentes do nazismo, que nos alerta para ofacto de que em situações de injustica ou de violação dos direitos humanos, não podemos ficar de braços cruzados. 

Como diria Martin Luther King, preocupante não é o grito dos maus mas o silêncio dos bons. E segundo o lema da Amnistia Internacional, há que encarar a injustiça como uma afronta pessoal!









“É MELHOR ACENDER UMA VELA DO QUE AMALDIÇOAR A ESCURIDÃO” 


PETER BENENSON






Não sobrou ninguém  

Quando vieram buscar os comunistas, eu não disse nada ; eu não era comunista.  
Quando eles prenderam os sociais - democratas, eu fiquei em silêncio; eu não era um social - democrata.  
Quando vieram buscar os sindicalistas, eu não me importei ; eu não era um sindicalista.  
Quando vieram buscar os judeus, eu fiquei em silêncio; eu não era judeu.  

Quando eles me vieram buscar, já não havia ninguém que pudesse falar por mim. 


 Pastor Martin Niemöller 

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