sábado, 7 de dezembro de 2024

BIBLIOTECA D. CARLOS I IMBUÍDA DE ESPÍRITO NATALÍCIO

Desejamos a todos os nossos queridos leitores umas boas festas recheadas de inesquecíveis leituras e  relembramos que estaremos abertos durante todo o período de interrupção letiva.







Os meninos e meninas que ajudaram a montar a nossa árvore de livros de Natal! 



A magia inconfundível de Natal já se espalhou por toda a escola!









Deixamos-vos por fim com um poema incontornável nesta quadra e que nos deve fazer refletir: 

Dia de lembrar Ary dos Santos 
7 dezembro 1937 -18 janeiro 1984
POEMA DE NATAL

Tu que dormes a noite na calçada de relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão, amigo, és meu irmão.
E tu que dormes só o pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão, amigo, és meu irmão.
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce
Uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto
Que há no ventre da Mulher
Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e comboios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão, amigo, és meu irmão.
E tu que vês na montra a tua fome, que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão, amigo, és meu irmão
Ary dos Santos. Quando Um Homem Quiser. In, "As Palavra das Cantigas".


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