No âmbito do Projeto "O Museu Aqui e Agora e o Futuro que Lá Mora", a Biblioteca Escolar D. Carlos I teve a honra de receber o grande escritor e poeta José Fanha no dia 11 de março.
No âmbito de uma parceria entre a Câmara Municipal de Sintra – Divisão dos Monumentos e Museus –, o projeto "O Museu Aqui e Agora e o Futuro que Lá Mora" desenvolve-se na modalidade de Oficina de formação, integrando um par pedagógico, constituído por um docente titular de turma, uma turma e um professor bibliotecário de cada agrupamento interessado.
O A.E. D. Carlos I participa este ano neste inovador projeto com o Núcleo de Consolidação da Professora Marinela Neves e a Professora Bibliotecária Sandra Pratas.
O projeto visa dar a conhecer as valências de seis museus sintrenses, apoiados por livros escritos por escritores infantojuvenis portugueses, articulando a leitura orientada, o desenvolvimento curricular e a expressão artística, e incluí uma exposição itinerante de totens representativos dos seis museus aderentes, visita a um museu com oficina e uma oficina de expressão plástica com ilustradores.
Assim, entre os dias 19 e 26 de janeiro, na primeira fase do projeto, esteve patente na Biblioteca Escolar D. Carlos I a exposição " O Museu Aqui e Agora, e o Futuro que lá Mora".
Numa segunda fase, as crianças leram o livro do Museu de História Natural de Sintra com o qual iam trabalhar, Tantas Voltas e Voltinhas até chegarmos aqui, escrito por José Fanha.
Depois da exploração orientada pelas Professoras Marinela Neves e Sandra Pratas, e de desenvolverem atividades bem criativas como o reconto por imagens, a criação de animais com nomes “giros e simpáticos, jogos em wordwall ou em kahoot, todos tiveram o privilégio de no dia 11 de março receber este menino crescido de 73 anos.
O autor respondeu com o seu habitual sentido de humor a todas as perguntas que lhe foram feitas e que vinham muito bem escritas numa folha de papel. Relembrou as histórias do Avó Jaime e de como as mesmas o inspiraram a escrever e a ler. Só não soube dizer em quanto tempo escrevia um livro, dependia, escrevia e pronto.
Estando nós a comemorar os 50 anos de Abril, também não deixou de nos contar algumas histórias da Revolução e de como a viveu.
No fim estabeleceu uma analogia entre os poetas e os mineiros, sendo que os primeiros são seres que vão escavando a própria alma para nos darem bocadinhos preciosos de si.
A sessão prevista para uma hora alargou-se para duas, e professores e alunos tiveram dificuldade em deixar ir embora este poeta, escritor, professor que tanto tem escavado dentro de si para nos dar mais de 100 livros, ou melhor, pedras raras e valiosas de uma alma cuja riqueza é inesgotável.
Obrigada José Fanha por contribuir para fazer dos nossos jovens melhores pessoas e pelo tanto que tem dado à literatura portuguesa.
E já sabemos que continua a escavar. Para o ano saem mais duas novas obras!
José Fanha posa junto ao placard do Escritor do Mês, agradavelmente surpreendido por ter sido o eleito do mês de março!
A D.ª Licínia Martins não deixou sair o escritor sem lhe oferecer um dos cravos de Abril tricotados por si!
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